Enquanto esta semana escrevia o post com o título "camaradas de partido", que figura entre os dez mais partilhados da semana (cf. aqui), o meu espírito voou para um outro post que escrevi há cerca de ano e meio, estava ainda a decorrer o meu julgamento, e que tinha o título "hereges" (cf. aqui).
Este último post permanece até hoje um dos mais partilhados da história deste blogue.
Nele, eu referia-me àquele que, para mim, enquanto réu, tinha sido o segundo momento mais alto do julgamento, e terminava com um lamento envolvendo o magistrado X.
Eu estava, então, absolutamente boquiaberto com aquilo que o presidente da Associação Comercial do Porto (ACP) tinha revelado em tribunal, e que constitui o tema central desse post. A Cuatrecasas-Porto, uma célula do PSD, era assessora jurídica da direcção da ACP. E os seus dois principais representantes, o director e sub-director, respectivamente Paulo Rangel e Avides Moreira, faziam parte também, eles próprios, da direcção da ACP.
Eu nunca tinha visto um polvo assim tão explícito e que se assumia com tanta naturalidade pela voz do seu próprio presidente. O Paulo Rangel e o Avides Moreira, eles os dois, pelo menos, eram assessores jurídicos de si próprios.
Passado este tempo, e com a informação que entretanto veio a público, o que é que existe de comum entre essa situação que retratei na ACP e aquela outra que se vivia no HSJ enquanto o Joãozinho esteve sob a sua tutela?
Em ambos os casos, a Cuatrecasas-Porto está presente e é figura central.
Em ambos os casos, a Cuatrecasas é representada pelo Paulo Rangel e pelo Avides Moreira.
Só isso, ou vejo mais alguma coisa em comum?
Sim, vejo.
Em ambos os casos, vejo um esquema ilícito de financiamento partidário.
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