Esta semana, um senhor de idade avançada, que acompanha a minha odisseia com o Joãozinho desde o início (Janeiro de 2014), contactou-me expressamente para saber se eu estava feliz com as notícias.
Referia-se às notícias que davam o Hospital de São João a ser investigado pelo DIAP a propósito da construção da ala pediátrica.
Respondi-lhe que sim - tanto quanto se pode estar feliz com uma coisa destas. Para mim, era um importante momento de viragem. Parecia-me agora que, finalmente, a verdade e a justiça iriam prevalecer.
Eu sou daqueles que acreditam que a verdade (e a justiça) acabam sempre por prevalecer sobre a mentira (e a injustiça), mas, às vezes, essa vitória demora muito - e não faltam pessoas que tenham morrido sem verem prevalecer a verdade e a justiça em causas que lhes eram queridas.
E por que é que isto é assim?
É porque o combate entre verdade e a mentira é um combate extraordinariamente desigual, é um combate de uma contra muitas, às vezes milhões delas.
Sobre cada verdade (v.g., "a parede é branca") podem construir-se muitas mentiras (v.g., "a parede é azul", "a parede é preta", "a parede é cinzenta", "a parede é azulada", etc., etc.). Para que a verdade prevaleça, ela tem de derrotar, às vezes uma a uma, cada uma destas mentiras. É um combate árduo, lento e, às vezes interminável. Em muitos casos, é um combate para a vida.
Por isso, sim, eu fiquei feliz com as notícias que saíram na última semana. A nossa vida pública está cheia de mentira e de impostura e o Joãozinho tem contribuído para combater uma e outra.
A verdade e a justiça parecem-me agora estar ali mesmo ao virar da esquina.
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