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Aquilo que consta nos bastidores, e que eu acredito, é o seguinte. Montam o estaleiro para dar a sensação, em véspera de eleições, que começam a obra. Mas, depois, a obra nunca mais avança (por falta de dinheiro para a financiar). O Serviço de Sangue, que serviu para impedir o avanço da obra da Associação Joãozinho durante três anos, continua a funcionar no local.
É grato saber que alguns portugueses não se deixaram enganar. A obra da Associação Joãozinho já teria sido concluída por esta altura a um custo de 20,2 milhões de euros, financiada de forma mecenática. O custo agora já vai em 25 milhões para o Estado (fora o que entretanto foi gasto com a Aripa a refazer o projecto de arquitectura, com a Cuatrecasas a fazer e a desfazer contratos, com a comissão que seleccionou a nova construtora, etc.).
De qualquer forma, quem efectivamente começou esta obra foi a Associação Joãozinho que, segundo as contas agora fechadas com a sua construtora, gastou nela 611 mil euros com os trabalhos de demolição das velhas instalações existentes no local, e que foram bloqueados pela não-desocupação do Serviço de Sangue por parte do HSJ, que também era para ser demolido.
A ala pediátrica do HSJ começa agora a ter todas as semelhanças com o seu grande rival, o Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN), que serve de ala pediátrica ao Hospital de Santo António.
O CMIN foi concebido em 1982 e só se concretizou em 2017, demorando 35 anos a fazer. A obra foi iniciamente orçada em 8 milhões de euros e acabou a custar 60 milhões.
A ala pediátrica do HSJ foi concebida em 2009 pela administração do Professor António Ferreira e foi inicialmente orçada em 15 milhões de euros. Já leva 10 anos e já vai em 25 milhões. Para igualar o CMIN precisa de mais 22 anos e 35 milhões de euros em cima.
A história do Joãozinho entre 2014 e 2017 está aqui.
(cf.