28 maio 2019

pela força

A propósito desta notícia (mais uma, cf. aqui), um leitor questionou-me se a razão de a Associação Joãozinho ter retirado o estaleiro da obra do HSJ se devia ao facto de a Associação acreditar que a obra seria feita pelo Governo.

Não.

A Associação Joãozinho retirou o estaleiro por ter sido ameaçada pelo Governo, via administração do HSJ (cf. aqui) que, se não o fizesse voluntariamente, o Governo o faria pela força.

É esse o significado do eufemismo da "posse administrativa".

Contra a força do Estado, a Associação Joãozinho nada pode.

A Associação Joãozinho quis evitar o espectáculo que o Governo, via administração do HSJ, se preparava para fazer de mandar desmantelar o estaleiro da obra sob protecção das forças policiais, com as televisões a filmar, humilhando a Associação Joãozinho e as construtoras que se associaram mecenaticamente a esta obra.

A SIC seria a primeira a estar presente, que tem o irmão do Primeiro-Ministro como Director de Informação e tem feito uma campanha miserável de propaganda ao Governo neste dossier. A RTP-Porto e o JN, outros dois grandes propagandistas das mentiras e promessas nunca cumpridas do Governo, também não faltariam. Acabariam por vir todos.

Passou um mês desde que a Associação Joãozinho retirou o estaleiro da obra do HSJ. Nada existe em seu lugar. Só palavras e promessas vãs, como as que hoje proferiu o novo presidente do Hospital, Dr. Fernando Araújo.

O Dr. Fernando Araújo era o director do Serviço de Sangue que ficou a impedir o avanço da obra do Joãozinho quando ele foi para o Governo (Secretário de Estado Adjunto e da Saúde) em Dezembro de 2015. É, desde o início,  um dos grandes adversários da obra do Joãozinho.


PS. Possa eu acrescentar agora que, para além do ultimato que o Governo me dirigiu, via administração do HSJ, e que é referido acima, pela mesma altura actuou também contra mim, desta vez via poder judicial, fazendo uso de uma infeliz tradição portuguesa (Inquisição), que é a de utilizar o sistema de justiça como braço do poder político para conseguir fins políticos. Refiro-me a esta decisão judicial (cf. aqui). É absolutamente inusitada a decisão de condenar em segunda instância quem foi absolvido em primeira instância, ainda por cima ostensivamente contra a jurisprudência vigente. A juiz Paula Guerreira que tinha sido designada como relatora do acórdão é afastada e surge o juiz Vaz Patto (cf. aqui) nessa qualidade. Acontece que o terceiro juiz que é chamado a desempatar a decisão, e que assina o acórdão com um gatafunho, é, afinal,  membro do partido do Governo (cf. aqui).

2 comentários:

dfrodrig disse...

Obrigado pela clarificação. Continuarei atento e a cobrar as promessas ignóbeis de todos estes piratas maus.

McManager disse...

A seu tempo virão bater a sua porta. Estaremos cá para terminar a obra.