13 março 2019

timeline politics

O que deve ser um programa político no “tempo da peste” que eu chamei “reality show politics”?

Na minha opinião deve ser algo que rompa com as propostas tradicionais. Os programas políticos não vão ser lidos, nem debatidos por ninguém e, portanto, terão apenas o caixote do lixo como destino certo.

Os políticos da velha guarda já preferem as selfies e as beijocas das peixeiras, o arroz de atum ou a receita de uma cataplana, às declarações de princípio ou aos manifestos políticos.

Como o Estado acompanha os cidadãos do berço até à cova, penso que é nessa “timeline” da vidaque se devem inserir propostas concretas. Tendo em conta os marcos fundamentais: o nascimento, a escolaridade, o casamento, a parentalidade, a saúde, o envelhecimento, etc. E também a compra de habitação, de um veículo automóvel ou no planeamento de poupança.

Nesta “timeline politics” os partidos apresentariam propostas exequíveis (no máximo umas 6) dirigidas a marcos concretos. Respeitando a ideologia, claro está, mas focadas na “criação de valor” para os eleitores.

Vou dar um exemplo: Nascimento

1.    “Propomos que o Estado entregue a todas as parturientes o montante que gastariam com o parto no SNS e as deixem escolher o médico e a instituição onde pretendem que o nascimento ocorra”.

Esta proposta cria valor porque permite que a futura mãe se reúna de privacidade, do acompanhamento da família, do médico que já conhece e em quem confia e usufrua em pleno e nas melhores condições possíveis da experiência única da maternidade. Sem onerar o orçamento de Estado porque a despesa iria acontecer de qualquer modo.

Muitos outros exemplos me ocorrem, mas creio que já passei a ideia. Substituir programas intrincados por propostas concretas inseridas nos marcos da “timeline” da vida.


Chamei-lhe “Timeline politics”.

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