Gestão não rima com corrupção! Dito por outras palavras, a corrupção impede e até destrói uma boa gestão. Vejamos porquê.
O lucro das empresas depende da utilidade que criam para os clientes. Em última análise, é essa utilidade que se traduz em vendas e receitas, viabilizando a empresa e garantindo o seu futuro.
Há, porém, muitas oportunidades de incrementar lucros que passam ao lado do eixo da “transformação de recursos em utilidade” e que parasitam o eixo da “transformação de influência ou da compra de influência em oportunidade”.
Quando se compram boas-vontades para obter licenças e alvarás ou quando se ganham concursos que foram apenas simulados ou quando se conseguem eliminar concorrentes, na secretaria, entramos na via parasitária, isto é: na corrupção.
A corrupção, claro está, pode alavancar exponencialmente os lucros, mas faz da organização um travesti, que, por mais glamoroso que seja, não é o que alega ser. E do gestor uma autêntica “drag queen”, se me permitem esta metáfora.
O foco da empresa corrupta desvia-se da utilidade que cria para os clientes e entra no domínio dos jogos de interesse que tantas vezes acabam na polícia e nos tribunais, destruindo pessoas e marcas.
Assistimos a isto mesmo em Portugal, no passado recente. “Gestores” que passaram de bestiais a bestas à velocidade da luz, destruindo centenas de milhões de Euros de valor e, nalguns casos, as próprias empresas. São tantos os casos que não vale a pena destacar nenhum, estão todos no domínio público.
Os clientes, o foco de qualquer boa gestão, foram esquecidos, os trabalhadores enganados e o País defraudado, talvez por dezenas de anos.
Por isto digo e repito, gestão não rima com corrupção.
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