A propaganda do Governo em torno da ala pediátrica do HSJ contém duas mensagens:
(i) a promoção da ideia de que o Governo está a trabalhar para fazer a obra.
(ii) a ocultação do facto de que existe uma obra no terreno, pronta a ser recomeçada, que pertence à Associação Joãozinho, e que está bloqueada pelo próprio Governo desde há quase três anos.
Todos os órgãos de comunicação passam a mensagem do Governo repetindo religiosamente qualquer mentira ou promessa vã que um membro do Governo ou da Maioria Parlamentar decida proferir sobre o assunto.
As excepções são um punhado de jornalistas independentes, quase sempre trabalhando dentro desses órgãos de comunicação. Exemplos são as jornalistas Isabel Paulo (Expresso), Soraia Ferreira (Lusa) e Sandra Vindeirinho (RTP-Lisboa).
Os órgãos de comunicação mais empenhados na propaganda do Governo são o JN, a RTP-Porto e o Público-Porto, confirmando a regra de que os principais adversários da ala pediátrica do HSJ não estão em Lisboa, mas no Porto. Destaque para as jornalistas Inês Shreck (JN), Paula Rebelo (RTP-Porto) e Margarida Gomes (Público-Porto).
A administração do HSJ tem o seu próprio departamento de comunicação e acesso a todos os órgãos de comunicação social. A sua assessora jurídica Cuatrecasas dá uma ajuda empenhada pela relação próxima que tem com o grupo Cofina (a Cuatrecasas é a advogada da Celtejo, uma empresa do Grupo Cofina, no caso "Celtejo vs. Arlindo Marques"). Por isso, a depreciação da Associação Joãozinho e da sua obra, e a difamação do seu presidente, chegam por vezes através do Jornal de Negócios e do Correio da Manhã.
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