(Tema: Terrorismo Judicial - O Caso do Guardião do Tejo)
O Arlindo Marques começou por ter um confronto com a Celtejo. Ele afirma que a Celtejo contribui para poluir o Tejo. A Celtejo nega as acusações. Este é um confronto de natureza ambiental que se desenrolou, e continua a desenrolar-se, no campo da opinião pública, através dos meios de comunicação social, e onde ambas as partes têm inteira liberdade para exprimir as suas posições.
Agora, o Arlindo Marques tem um segundo confronto nas mãos. Este, ao contrário do primeiro, não foi desencadeado por ele e a Celtejo não é o seu adversário principal. O novo confronto é de natureza judicial, e não mais ambiental; desenrola-se nos tribunais, e não mais nos meios de comunicação social; tem como protagonistas principais advogados e juízes, e não mais o próprio Arlindo Marques e a administração da Celtejo.
Nas intervenções que tem feito acerca deste segundo conflito, o Arlindo Marques continua a identificar a Celtejo como o seu adversário. E embora a Celtejo também seja neste conflito seu adversário, não é o adversário principal. Na realidade, desde que entregou o assunto à Cuatrecasas, e a mandatou para tratar dele, a administração da Celtejo nunca mais se ocupou do processo judicial.
Nas agressões de natureza financeira e psicológica que este processo judicial já cometeu e vai continuar a cometer sobre o Arlindo Marques, a Celtejo é apenas o mandante. O autor material é a Cuatrecasas.
Por isso, quando vem a público falar sobre o conflito judicial, o Arlindo Marques, e aqueles que o apoiam, deviam identificar em primeiro lugar a Cuatrecasas e só secundariamente, a Celtejo, numa fórmula comunicacional do tipo: "No processo judicial interposto pela Cuatrecasas, em representação da Celtejo, contra o Arlindo Marques....".
É esta fórmula comunicacional que traduz a realidade, e não aquela que tem sido utilizada: "No processo judicial interposto pela Celtejo contra o Arlindo Marques....". Porque quem o Arlindo Marques (e o seu advogado) vai defrontar em Tribunal é a Cuatrecasas, não a Celtejo. Os administradores da Celtejo nunca lá porão os pés, como decorre claramente do texto da queixa apresentada no Tribunal de Santarém.
Esta questão comunicacional - a saber, que, em público, quando se refere ao conflito judicial, o Arlindo Marques deve identificar a Cuatrecasas e não a Celtejo como seu adversário principal - parecendo uma questão de detalhe, é, na realidade, de extrema importância para o Arlindo Marques se defender.
E a explicação é muito simples. O mundo contém bem e mal, mas o bem que contém é muito maior que o mal, caso contrário a vida seria impossível. Por isso, o mal, quando age, fá-lo de forma discreta, escondido, longe dos holofotes, por detrás das cortinas. E faz assim porque tem medo de ser exposto e submetido ao escrutínio público, o qual inevitavelmente o condenaria.
O nome da Cuatrecasas precisa de ser exposto em público como o adversário principal do Arlindo Marques no conflito judicial que decorre no Tribunal de Santarém para que o papel da Cuatrecasas seja submetido ao escrutínio público, como é normal numa sociedade democrática.
Nota. Nas múltiplas notícias que têm vindo a público sobre o processo judicial que envolve o Arlindo Marques e a Cuatrecasas (e só secundariamente também a Celtejo), nunca o nome da Cuatrecasas é mencionado. Conheço apenas uma excepção, e é de uma publicação online espanhola, a mesma que fala em cañones e pajaritos (cf. aqui). É sintomático de como a Cuatrecasas se tem conseguido esconder.
Sem comentários:
Enviar um comentário