A obra da Associação Joãozinho relativa à ala pediátrica do HSJ ficou paralisada em Março de 2016.
A partir do final desse ano, inícios de 2017, o Governo (sobretudo através do Ministério da Saúde e da administração do HSJ, assessorada pela sociedade de advogados Cuatrecasas), bem como da actual maioria parlamentar, iniciaram uma campanha de desacreditação da Associação Joãozinho e da sua obra, ao mesmo tempo que prometiam que seria o Governo a fazê-la e a pagá-la (cf. aqui).
Um dos momentos altos da impostura ocorreu no dia 1 de Junho de 2017 numa cerimónia no HSJ com a presença dos dois Secretários de Estado da Saúde e uma ampla cobertura mediática.
Tratou-se da assinatura de um Memorando de Entendimento entre o HSJ, a ARS-Norte e o Ministério da Saúde que anunciava o início imediato da obra com o seguinte faseamento e escalonamento dos custos (cito do documento):
2017: 2 541 035,00
2018: 15 246 212,00
2019: 6 025 554,00
Total: 23 812 801,00
O Memorando de Entendimento era assinado por parte do HSJ pelo seu presidente, António Oliveira e Silva; por parte da ARS-Norte pelo seu presidente, António Pimenta Marinho; pelo Ministério da Saúde não assinava nem o Ministro, nem nenhum dos Secretários de Estado presentes na cerimónia, mas uma funcionária praticamente desconhecida, na qualidade de directora da Administração Central dos Serviços de Saúde.
Passado um ano e meio, é caso para perguntar: onde é que está a obra, e os milhões que nela se prometia gastar em 2017 e 2018? Onde é que está uma coisa e outra?
Que funcionária do Ministério da Saúde é essa que se presta a uma coisa destas, assinando documentos onde promete fazer coisas que não cumpre nem tenciona cumprir?
Pois, deixo ao leitor adivinhar o nome da funcionária que assinou o documento e o cargo que ela hoje ocupa.
(Publicarei a primeira resposta acertada)
2 comentários:
É a atual ministra da saúde.
Joaquim Costa
Marta Alexandra Fartura Braga Temido de Almeida Simões
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