12 junho 2018

política

O Ministério Público é o grande cancro da nossa democracia e a mais enganosa de todas as instituições. Dando a aparência de ser uma instituição de justiça é, na realidade, uma instituição política.

Considere a mais aparatosa de todas as operações conduzidas pelo Ministério Público - a Operação Marquês.

Esta Operação já produziu um resultado político, que foi o de acabar com a carreira política do José Sócrates.

E quanto a justiça?

Justiça nunca se fará. Com aquela acusação de quatro mil páginas mais os anexos e os ficheiros - que, tudo junto, demora, 75 mil anos a ler - quando estiver terminado o julgamento e todos os recursos estiverem esgotados,

a) estamos em 2025
b) idem 2030
c) o Sócrates já morreu
d) estamos na Idade da Pedra
e) nenhuma das respostas acima


Dando a aparência de estar a proteger o povo, para o efeito abrindo inquéritos-crime a torto e a direito, em que a esmagadora maioria dos casos resulta em nada, o MP está é, na maioria das situações, a proteger os interesses estabelecidos.

Por exemplo, voltou a ouvir falar daquele inquérito-crime à poluição do Tejo, em que o MP proibiu a divulgação das análises ao rio, e em que estava envolvida a Celtejo (com a sua assessora jurídica Cuatrecasas)?

E o que dizer daquela investigação que o MP abriu aos contratos dos contentores do HSJ (quase de certeza elaborados pela sua assessora jurídica Cuatrecasas), conhece alguma coisa acerca dos resultados de tão demorada investigação?

Aquilo que hoje vai conhecer é o resultado do processo-crime que o Ministério Público abriu (sob queixa da Cuatrecasas, sempre a Cuatrecasas, ela parece estar por todo o lado) para "matar" a obra do Joãozinho e, já agora, também o seu principal autor.


4 comentários:

Manel da Calçada disse...

El Socrates murió.

lusitânea disse...

O sistema não gosta de "independentes" logo Arroja prepare-se para continuar a ser incomodado...

Anónimo disse...

Desejo que corra tudo pelo melhor na sentença e que nunca lhe doam os dedos!!

José Domingos disse...

Em 1959, a editora Anhambi de São Paulo, uma obra de Aquelino Ribeiro de nome "Quando os lobos Uivam". O livro lê-se bem.
A questão é que a obra, provocou muita azia e deu acusação e a respectiva defesa, dando origem, mais tarde, a um pequeno livro de título " Quando os lobos julgam a justiça uiva" editado pela Editora Liberdade e cultura São Paulo.
Curiosamente, em sessenta anos, o espírito e maneira de ser não mudou nada, Guerra Junqueiro, escreveu, na " Morte de D. João " a famosa quadra:
" Os juízes agora
São muito mais baratos
Do que eram outrora
No tempo de Pilatos"

Agora, com a ajuda dos moços de fretes do jornalixo nacional, isto virou um esgoto a céu aberto.