Foi como alvoroço que eu caracterizei aqui no Portugal Contemporâneo o clima que se vivia nas hostes da Acusação nas vésperas da sessão (a 5ª) do meu julgamento que teve lugar a 4 de Maio (a anterior tinha sido a 4 de Abril).
E o que é que tinha causado esse alvoroço?
Numa grande parte, este post do Portugal Contemporâneo a que, na altura, dei o título sugestivo de "a bomba" (cf. aqui).
Trata-se do momento em que o director da Cuatrecasas, ao ser interrogado pelo magistrado X, revela o conteúdo de um e-mail que recebeu do seu cliente HSJ.
Foi este um dos temas das minhas alegações finais perante o Juiz na passada Quarta-feira, e que considerei, do meu ponto de vista de réu, o "momento alto" de todo o julgamento.
O e-mail data de 23 de Junho. Nessa altura eu andava com toda a boa-fé e quase em desespero (tinha os trabalhos parados há mais de dois meses) a tentar sentar a administração do HSJ para assinar o Protocolo, a fim de que os trabalhos pusessem recomeçar - Protocolo que só viria a ser assinado a 17 de Julho.
Eu já tinha produzido o meu comentário televisivo (25 Maio). Poucos dias depois, o Professor António Ferreira veio ao meu escritório para me acalmar e rapidamente chegámos a um acordo sobre a versão final do documento.
Ele prometeu-me então a assinatura para breve, a qual requeria também a participação dos outros dois administradores do HSJ, João Oliveira e Amaro Ferreira. Estávamos no final de Maio.
Passou-se uma semana, duas, três e... nada. A 29 de Junho voltei ao Porto Canal e visei desta vez a administração do HSJ, especialmente o seu número 2, João Oliveira. (O Protocolo seria finalmente assinado duas semanas depois).
Eu estava longe de imaginar que dias antes o número 3 do hospital, Amaro Ferreira, andasse a cochichar com a Cuatrecasas que o HSJ estava em situação de "ruptura iminente" com a Associação Joãozinho.
Estava e não me disse nada? E foi partilhar o segredo com a Cuatrecasas?
Boicote - foi o que se passou. Apesar de uma certa boa vontade do Professor António Ferreira, a "máquina" estava nas suas costas a boicotar a obra (e ele acabou por se deixar arrastar).
O adjectivo "iminente" dizia tudo: está quase!...
A "máquina" eram, obviamente, os seus colaboradores imediatos João Oliveira e Amaro Ferreira em conluio com a Cuatrecasas.
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