O Papá Encarnação não me fala.
Na passada Sexta-feira, depois do almoço, de regresso ao Tribunal, estavam o Papá Encarnação, o filho e o Nuno Cáceres sentados, num banco corrido do átrio, a conversar.
Entrei e, ainda ao longe, o Papá Encarnação, assim que me viu, voltou a cara.
Avancei, passei juntos deles e, dirigindo-me aos três, disse "Boa tarde". Só o Nuno Cáceres me retribuiu o cumprimento.
O Papá Encarnação baixou a cara e não me falou. E o filho também não.
Não percebo por que é que o Papá Encarnação não me fala. Parece amuado, mas eu nunca lhe fiz mal. Ele é que me quer fazer mal a mim. Ou, então, como estávamos na área do crime, pode-me ter confundido com algum rambo que andasse por ali àquela hora. E aos rambos não se fala.
Sem comentários:
Enviar um comentário