Antes de voltar ao tema do cristianismo e ao comentário de um leitor (Francisco) num post que escrevi em baixo (cf. aqui), gostaria de voltar a um tema do meu julgamento.
Já afirmei que, se tivesse de escolher uma palavra para descrever os depoimentos da acusação, escolheria a palavra impostura.
A impostura tem-se revelado de várias maneiras, mas há uma que é central, e que é a seguinte: o meu julgamento centra-se nas declarações que eu proferi num comentário televisivo.
Ora, a impostura central é a de que nenhuma das testemunhas de acusação (já foram ouvidas 13, falta apenas uma) admitiu em tribunal ter visto o meu comentário televisivo, se bem que ele tenha ficado disponível na internet um ou dois dias depois.
Os queixosos - advogados da Cuatrecasas -, tomaram conhecimento dele através de telefonemas de outras testemunhas, uma das quais, que é a origem de toda essa cadeia de telefonemas, admitiu explicitamente em tribunal que nunca viu o comentário.
As outras testemunhas tomaram conhecimento do meu comentário ou por amigos, ou porque ouviram falar, e uma até por um artigo de jornal, embora já não se lembre em que jornal foi.
À parte a testemunha que declarou nunca ter visto o comentário, a mensagem comum que decorre dos depoimentos de todas as outras é a seguinte: "Eu não vi, mas disseram-me".
Trata-se aqui de um verdadeiro "jogo do empurra", parece que existe uma "batata quente" da qual todas as testemunhas se procuram livrar: "Eu não vi... quem viu foi aquele...", e aquele: "Eu também não vi... quem viu foi aqueloutro..."
Que "batata quente" é esta?
a) o Joãozinho
b) o crime
c) o réu
d) a pena
e) nenhum das respostas acima
2 comentários:
b) o crime
b) El crimen.
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