Hoje na RTP:
"O dinheiro já foi transferido para o Hospital e a autorização para o utilizar chegará muito em breve."
Caso único na administração pública portuguesa. O dinheiro chega antes da autorização.
Já há um ano atrás o Governo tinha libertado 21 milhões para o efeito, mas como deve ter vindo pelos ares (é o que sugere o verbo libertar), perdeu-se pelo caminho e nunca chegou ao destino.
Desta vez, o dinheiro já chegou. Falta é o papel com a autorização.
Que graça... o dinheiro chegar antes da autorização...
Anteontem (cf. aqui), o dinheiro precisava de autorização do Ministério das Finanças para ser transferido para o HSJ. Hoje, já chegou, mas sem a autorização do Ministério das Finanças.
A questão é a seguinte:
Eles querem criar a ideia na opinião pública de que o dinheiro (do Estado) está disponível para fazer a obra do Joãozinho e que, se a obra não se faz, é porque a Associação Joãozinho está a ocupar o espaço com o estaleiro da obra. O mau da fita é a Associação Joãozinho na pessoa do seu presidente.
A realidade é exactamente ao contrário. Eles desafiam-me, pois, para uma guerra mediática, como se já não me bastasse a guerra judicial que mantenho com a Cuatrecasas.
Vão tê-la. E, como na outra, serei eu a prevalecer para que as crianças possam finalmente ter o hospital pediátrico que lhes foi prometido pela Associação Joãozinho e que o Estado nunca lhes deu.
Eles (*) disparam a partir da estação oficial - a RTP -, eu disparo a partir do Portugal Contemporâneo.
É o Portugal Contemporâneo (**) que os tem levado a reagir e a aparecer na comunicação social nos últimos dias a falar sobre a obra do Joãozinho (cf. também aqui). O objectivo - é preciso ter sempre presente - é agora o de me fazer parecer mal e de me tornar o culpado perante a opinião pública por a obra do Joãozinho não se fazer.
É a ironia das ironias. Depois de réu perante um tribunal judicial ser também réu perante a opinião pública (***).
(*) "Eles" são aqui a administração do HSJ, representada pelo seu presidente, António Oliveira e Silva, e o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo. São amigos. De facto, o último é o director do Serviço de Sangue do HSJ que está a impedir o progresso da obra.
(**) Só tenho estatísticas para o número de partilhas de posts do Portugal Contemporâneo, não para o número de leitores. O número médio de partilhas é de mil por dia e, nos últimos tempos, os posts mais partilhados são os que se referem à obra do Joãozinho. A minha estimativa de leitores do blogue é de 5 a 6 mil por dia.
(***) É de notar a coincidência seguinte. No pico do debate judicial, em que os ex-administradores do HSJ têm "apanhado nas lonas" como gente grande, o problema do Joãozinho aparece subitamente "resolvido".
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