12 novembro 2017

Franco no ha muerto

... ningún ataque de retórica vacía y guerracivilista como el que parecen sufrir los populistas, los independentistas y cierta prensa anglosajona puede justificar las alegaciones sobre la supervivencia del franquismo. Estamos en 2017 pero, si es preciso, lo recordaremos: españoles (¡y europeos!), Franco ha muerto.

Os espanhóis desesperam a tentar defender a sua democracia perante as críticas de franquismo vindas de vários sectores. A imprensa de língua inglesa, em particular, começa a tornar-se impiedosa, repegando a velha tradição da "lenda negra".

Por exemplo, aqui o embaixador de Espanha nos EUA vê-se obrigado a defender a democracia espanhola das críticas de um editorial do "The Los Angeles Times" - e nos dias que correm não deve ter mãos a medir.

A verdade é que "No, Franco no ha muerto", ao contrário do que pretende o editorial do El Pais. A sua alma vive na Audiência Nacional (que sucedeu ao Tribunal de Orden Público de Franco), nos seus magistrados do Ministério Publico (Fiscales del Estado) e nos seus juízes de instrução criminal.

Mas os espanhóis ainda não se deram conta onde está o fascismo na sua democracia, e os críticos não têm sido de grande ajuda a apontá-lo. Foi a Audiência Nacional que internacionalizou o conflito na Catalunha - sem ela não haveria hoje em Espanha presos políticos nem políticos no exílio, mas apenas políticos destituídos a viver na Catalunha e a concorrerem livremente às próximas eleições de 21 de Dezembro.

O fascismo da democracia espanhola está na Audiência Nacional (correspondente ao nosso Tribunal Central de Instrução Criminal). Os espanhóis que acabem com esta instituição e acaba o desprestígio  internacional da sua democracia.

Um Tribunal como a Audiência Nacional não existe nas verdadeiras democracias. É essa a diferença e a razão das críticas. Que são justas.


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