Igreja de S. José das Taipas, centro histórico do Porto, Outubro de 2013.
Pela primeira vez na minha vida dei uma conferência numa igreja.
No final, fui muito cumprimentado pela assistência. Uma senhora chegou-se a mim e perguntou-me:
-Tem escrito o texto da sua conferência?
Disse que não, que tinha apenas os tópicos. Mas que em breve iria publicar um livro que continha o material da conferência.
Foi quando ela me disse:
-Então, eu conheço a pessoa certa para fazer a apresentação do seu livro...
Fiquei admirado. Mas eu aprecio pessoas assertivas e de apostas decididas, como eu; quando acertam, acertam em cheio, quando falham, falham redondamente, não há meio termo.
Depois de me dizer o nome, acrescentou:
-Sou assessora do Professor António Ferreira, Presidente do Conselho de Administração do Hospital de S. João.
Eu conhecia o Professor António Ferreira de o ver duas ou três vezes na televisão a falar sobre o sistema de saúde. Lembro-me de o ouvir dizer uma vez que tinha lá no hospital cirurgiões que não faziam uma operação por ano. Afirmativo, conhecedor do que dizia, directo ao ponto, aquilo a que os portugueses gostam de chamar polémico. Ele trazia uma espada ao sistema de saúde e à gestão hospitalar no país.
Das vezes que o vi, lembrei-me de mim.
Mês e meio depois, na FNAC do Norteshopping em Matosinhos, o Professor António Ferreira fazia a melhor apresentação do livro que eu podia ambicionar.
Sentada na primeira fila, estava a minha neta Francisca a quem o livro era dedicado. O livro tem o título "F. - Portugal é uma figura de Mulher" (Lisboa: Guerra e Paz, 2013).
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