A sessão prolongou-se muito para além do tempo que estava previsto. Por isso, quando saímos cá para fora rapidamente me separei das Fátimas e da minha advogada para ir à minha vida.
Das três pessoas que conheci ali (quatro, contando com o escrivão), estive sobretudo concentrado em falar para a juíza e algum tempo também para o advogado do Paulo Rangel/Cuatrecasas.
A figura do magistrado do Ministério Público é que não me ficou gravada no espírito e hoje se passasse por ele na rua não o reconheceria. A razão é que só me fixei nele por breves momentos para responder à pergunta simples que ele me colocou.
E quando chegou a altura de ele interrogar as Fátimas, também foi apenas por momentos que me fixei nele, porque ele prescindiu de lhes fazer quaisquer perguntas.
Dois dias depois, quando me reuni com a minha advogada para fazer o balanço da sessão perguntei-lhe:
-O que é que achou do procurador?... Ele praticamente não interveio...
Ela demorou a responder, sorriu, encolheu os ombros, e disse:
-O procurador?... O procurador esteve ali a divertir-se...
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