22 julho 2017

o procurador

A sessão prolongou-se muito para além do tempo que estava previsto. Por isso, quando saímos cá para fora rapidamente me separei das Fátimas e da minha advogada para ir à minha vida.

Das três pessoas que conheci ali (quatro, contando com o escrivão), estive sobretudo concentrado em falar para a juíza e algum tempo também para o advogado do Paulo Rangel/Cuatrecasas.

A figura do magistrado do Ministério Público é que não me ficou gravada no espírito e hoje se passasse por ele na rua não o reconheceria. A razão é que só me fixei nele por breves momentos para responder à pergunta simples que ele me colocou.

E quando chegou a altura de ele interrogar as Fátimas, também foi apenas por momentos que me fixei nele, porque ele prescindiu de lhes fazer quaisquer perguntas.

Dois dias depois, quando me reuni com a minha advogada para fazer o balanço da sessão perguntei-lhe:

-O que é que achou do procurador?... Ele praticamente não interveio...

Ela demorou a responder, sorriu, encolheu os ombros, e disse:

-O procurador?... O procurador esteve ali a divertir-se...

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