O Público está feito com o Governo.
De manhã anuncia as condições pavorosas em que estão internadas as crianças no Hospital de S. João do Porto.
No mesmo dia de manhã o Ministro da Saúde tira da cartola 21 milhões de euros e diz que vai pagar a obra.
No mesmo dia à noite o Público gaba-se que, em virtude da sua acção, o Governo "disponibiliza" 21 milhões para fazer a obra.
Resultado: A obra que estava a ser feita pela Associação Joãozinho (cf. Mensagem do Presidente) - obra entretanto interrompida porque o Governo deu ordens ao HSJ para interromper os trabalhos de desocupação do espaço - fica inviabilizada.
E agora? Bom... o Governo propõe-se começar tudo do zero, vai lançar um concurso público internacional (que, só por si, e na melhor das hipóteses, demora um ano)... o dinheiro que tirou da cartola não existe porque não está orçamentado... e as crianças continuam expostas sine die às condições retratadas pelo Público...
A Associação Joãozinho, essa, propõe-se continuar a prosseguir a sua missão, mas agora de forma subsidiária, canalizando os recursos de que dispõe e aqueles que vier a angariar para o pagamento do novo edifício e dos seus equipamentos, mas cedendo a liderança ao Ministério da Saúde.
Mas será que eu acredito que o Governo vai fazer a obra?
Não, é tudo vácuo. O objectivo desta acção concertada do Governo com o Público é o de afastar a Associação Joãozinho da liderança do Projecto - deixando, em seu lugar, o vazio.
Todo o poder corrompe... escreveu Lord Acton. Mas quando o poder da comunicação social se associa ao poder político...então o poder corrompe absolutamente.
PS. Entretanto o Ministério da Saúde proibiu o acesso das televisões e filmagens da actual ala pediátrica do HSJ. Que vergonha. Deviam ter lá os filhos deles.
11 comentários:
Nada que não me tivesse passado pela cabeça.
Complicado vai ser agora devolver dinheiros e dissolver a ISPS
É bom saber que o governo decidiu colocar as crianças em melhores instalações. E até orçamentou uma verba de 60 milhões para esse e outros investimentos.
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Os meus parabéns à associação do Joãozinho que expôs a situação e ao jornal público que a denunciou várias vezes.
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Rb
O que mais se parecia aquilo que acredito desapareceu de Portugal na guerra civil. O que poderia ser um Partido Conservador como os Tories ingleses foi eliminado no seculo XIX. O Estado e socialista ha quase 200 anos e mesmo o Estado Novo foi teve influencias deste estatismo. O que o Professor pretendia nao e bem visto pois as mentes ja estao muito formatadas e atrofiadas pelo socialismo. Sao quase 200 anos de formatacao e destruicao das verdadeiras elites.
Em relação aos f.d.p. que viabilizam o pasquim só há uma atitude : não lhes comprar a ponta de um corno.
É a única linguagem que essa canalha entende.
Manifesto em divulgação
PARA DEFENDER A DEMOCRACIA TÊM-SE QUE TRABALHAR!!!
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-» O contribuinte não pode passar um cheque em branco a nenhum político!!!
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O contribuinte tem que se dar ao trabalho!
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---»»» Democracia Semi-Directa «««---
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-» Isto é, votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco... isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a 'coisa' terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
-» Explicando melhor, em vez de ficar à espera que apareça um político/governo 'resolve tudo e mais alguma coisa'... o contribuinte deve, isso sim, é reivindicar que os políticos apresentem as suas mais variadas ideias de governação caso a caso, situação a situação, (e respectivas consequências)... de forma a que... o contribuinte/consumidor esteja dotado de um elevado poder negocial!!!
-» Dito de outra maneira: são necessários MAIS E MELHORES CANAIS DE TRANSPARÊNCIA!
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Exemplo 1:
Todos os gastos do Estado [despesas públicas superiores, por exemplo (para que o contribuinte não seja atafulhado com casos-bagatela), a 1 milhão], e que não sejam considerados de «Prioridade Absoluta» [nota: a definir...], devem estar disponíveis para ser vetados durante 96 horas pelos contribuintes na internet num "Portal dos Referendos"... aonde qualquer cidadão maior de idade poderá entrar e participar.
-» Para vetar [ou reactivar] um gasto do Estado deverão ser necessários 100 mil votos [ou múltiplos: 200 mil, 300 mil, etc] de contribuintes.
{ver blog « http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ »}
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Exemplo 2:
Concorrência a sério!
Leia-se: não há necessidade do Estado possuir negócios do tipo cafés (etc), porque é fácil a um privado quebrar uma cartelização... agora, em produtos de primeira necessidade (sectores estratégicos) - que implicam um investimento inicial de muitos milhões - só a concorrência de empresas públicas é que permitirá combater eficazmente a cartelização privada.
Explicando melhor: o contribuinte/consumidor precisa de empresas presentes no mercado de forma transparente e honesta, isto é, sem cartelização nem dumping.
{ver blog « http://concorrenciaaserio.blogspot.pt/ »}
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Uma opinião um tanto ou quanto semelhante à minha: Banalidades - jornal Correio da Manhã (antes da privatização da transportadora aérea):
- o presidente da TAP disse: "caímos numa situação que é o acompanhar do dia a dia da operação e reportar qualquer coisinha que aconteça".
- comentário do Banalidades: "é pena que, por exemplo, não tenha acontecido o mesmo no banco BES".
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P.S.
Direitos que já há alguns anos (comecei nos fóruns clix e sapo) aqui o je vem divulgando:
1- O Direito à Monoparentalidade em Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas:
- Promover a Monoparentalidade (sem 'beliscar' a Parentalidade Tradicional, e vice-versa) é evolução natural das sociedades tradicionalmente monogâmicas --» ver blog http://tabusexo.blogspot.com/.
2- O Direito à Sobrevivência de Identidades Autóctones:
- Democracia sim; nazismo-democrático não, leia-se: é preciso dizer não àqueles que pretendem democraticamente determinar o Direito (ou não) à Sobrevivência de outros, isto é, ou seja, é preciso dizer não àqueles que evocam pretextos para negar o Direito à Sobrevivência de outros (nota: nazismo não é o ser 'alto e louro', bla bla bla,... mas sim a busca de pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros!); dito de outra maneira: os 'globalization-lovers', UE-lovers e afins, que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa --» ver blog http://separatismo--50--50.blogspot.com/.
Vamos às compras no Pingo Doce.No Continente subsidiamos o Público...
"cedendo a liderança ao Ministério da Saúde" hahaha. Sim, o MS vai pedir à associação para lhe ceder a "liderança", se faz favor... A associação nunca teve os meios financeiros para fazer o hospital, nem nunca viria a ter. O bom povo do norte cristão, com sede no arcebispado de Braga, não esteve para isso.
Spoiler, o governo também não tem meios financeiros para tal.
Os hospitais que existem no país, incluindo o São João e o de Braga, claro, foram construídos pelos governos do Estado. O pediátrico de Coimbra foi construído pelo Estado. Este vai ser também. Portanto, amigo anónimo das 4:46, espero que me venha dizer qualquer coisa nessa altura. A pesporrência dos senhoritos do norte não constrói hospitais.
@Anónimo das 10:14
Apenas digo que o governo não tem dinheiro para isto. Como o PA disse isto ainda vai a concurso por isso, estamos a olhar a pelo menos mais uma ano de tudo na mesma, o que mesmo depois de seleccionado um vencedor, o trabalho pode ser adiado até aparecer financiamento.
Acredito que eventualmente o governo (seja ele qual for) até pode fazer isto, o busílis é mesmo o que é que 'eventualmente' significa.
Há de falar com a malta da Trofa sobre o metro, e percebe o que quero dizer... os putos aqui ainda terão (?) a vantagem que não lhes serão tirados os barracões no interregnum.
Amigo, você já fez algum hospital com os seus amigos? Já angariou vinte milhões no peditório? Deve dar cinco euros a cada católico solidário do norte. Os hospitais onde vai foram construídos por quem? Venha-me dizer alguma coisa quando isto mudar ou quando o pediátrico não for construído.
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