A crucificação é uma morte lenta e agonizante que pode prolongar-se por dois a três dias. Terá sido por isso que o Imperador Contantinus a interditou, no Séc. IV AD. E o facto de ainda ser recomendada por algumas seitas do médio Oriente, diz muito sobre essas culturas.
Sendo certa a morte dos crucificados, como Jesus, os executantes procuravam abreviar o desfecho inevitável, após algumas horas de suplício. Regra geral, partindo as pernas dos sujeitos pregados na cruz. O resultado era a morte imediata, provocada por asfixia, uma vez que o corpo ficava sem apoio e a vítima não conseguia continuar a mover os músculos respiratórios.
Jesus não recebeu esse “tratamento”, segundo o relato das testemunhas, porque se constatou que teria falecido cerca de três horas após a crucificação. Os soldados romanos confirmaram o óbito atingindo o corpo com uma lança e verificando que não sangrava ativamente. Aos outros dois crucificados, porém, foram partidas as pernas, como era habitual.
Esta tradição de abreviar o sofrimento dos condenados é eutanásia, à luz da nossa cultura moderna?
Penso que tecnicamente será eutanásia porque consiste em terminar a vida de alguém que vai morrer dentro de algum tempo e que está, de momento, a sofrer horrivelmente. Será condenável?
Na minha perspetiva, sim, é eutanásia, mas não é condenável. É um ato de misericórdia perfeitamente racional e justificado.
O mesmo se passava em combate, quando os soldados eram atingidos de forma fatal. Os companheiros abreviavam o sofrimento com um “golpe de misericórdia” para não prolongar o inevitável. Isto é eutanásia? É condenável? Imagino a amargura dos companheiros que executavam essa tarefa piedosa.
Como disse, neste post, e o PA sublinhou neste outro, o debate sobre a eutanásia está inquinado. Porque foi politizado e porque desceu ao nível da populaça. Julgo, porém, que devemos deixar espaço para lidar com a morte com elevação e misericórdia.
Ser misericordioso é certamente uma das melhores qualidades da nossa cultura cristã.
41 comentários:
Perfeitamente de acordo.
.
Rb
As más línguas dizem que Ele não morreu não cruz e que até que apareceu três dias depois.
.
Rb
Ser misericordioso é certamente uma das melhores qualidades da nossa cultura cristã.
"Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso" (Bismillah, ar-Rahman, ar.Rahim é a frase com que começa cada capítulo do Corão. A misericórdia não é apenas cristã.
Esse acto de misericórdia para abreviar a morte dos crucificados não é eutanásia, é atenuação da sentença.
Todos os actos que mencionou têm uma diferença fundamental da eutanásia: a morte inevitável do indivíduo foi decidida ou desencadeada por outros. No caso da eutanásia, ninguém decidiu matar nem ninguém atentou contra a vida da pessoa.
Caro Rui Alves,
E o chamado "golpe de misericórdia", não é eutanásia?
No caso de um doente terminal, não estamos tb a falar de atenuação do sofrimento?
Mas isto é feito nos hospitais ou por qualquer um?
Nos hospitais é todos os dias.
Por qualquer um é que é raro.
Parece que os misericordiosos se cortam.
Eu sei como este paleio dos fariseus acabava num instante.
Eles dizem que é um acto de "misericórdia divinal" mas depois ficam encavacados se se perguntar se é obrigatório. E aí dizem que os médicos deviam ser livres de agir segundo a sua consciência.
Ou seja- a misericórdia tem dias.
Mas acabava logo a treta se se dissesse que os médicos apenas dariam o seu palpite de diagnóstico (que é a única coisa humana que podem fazer) e o resto ficava por conta deles.
Havia despenalização para quem se chegasse à frente na misericórdia.
Podiam mesmo começar por pôr no terreno todos estes pascácios dos abaixo assinados e das militâncias.
Por outro lado o critério de "brincar a Deus" também varia.
Se for para tentar salvar a vida- dizem que é ubris e querer fazer de Deus a decretar o destino humano.
Se for para a abreviar logo ali, já não é fazer de Deus a chamar a si.
Mais engraçado é que estes duplos critérios mudam logo se entrar o carcanhol.
Lembro-me do Birgolino ter vindo aqui para o blogue com a história do mega-milionário americano que estava condenado por doença fatal.
Pois bem, o sujeito achou que podia comprar o decreto médico se lhes pagasse uma fortuna por mais uns meses.
Para isso até a família podia ficar a arder porque o critério era desejo dele, por ele e por querer estar cá mais uns dias.
O Birgolino achou que sim. Que isto nada tinha de brincar a Deus porque era pago e porque o dinheiro mesmo quando herdado é exclusivo daquele que estava em primeiro lugar para o agarrar.
"No caso de um doente terminal, não estamos tb a falar de atenuação do sofrimento?"
Caro Joaquim
Sim, também estamos, mas nesse caso a doença terminal não foi inflingida por outras pessoas. Foi a natureza, ou Deus, em última análise, que intervieram sobre a vida da pessoa.
Ah, aproveito também para saudar o ateu militante do Luís Lavoura- o que dizia que isto das crenças é tudo superstição primitiva.
Converteu-se ao islamismo.
A Eutanásia pode ser defendida a partir do conceito de propriedade privada. Existirá algo mais privado que a minha pessoa?
Além disso eu defendo a Eutanásia por puro egoísmo. Como ? Não quero sofrer dores físicas a partir de certo limite. Iguista porque? Parto do principio que a minha família (os meus entes queridos) me preferissem vivo.
cumps
Rui Silva
Pode. Compras, pagas e suicidas-te depois da dívida saldada
(Mais outro que devia ter a estupidez trancada em casa)
Se a tua pessoa (o que quer que isso possa ser) é assim tão privada que mais ninguém tem a ver com ela porque a fizeste ou compraste na Feira da Golegã) a que título queres tu que outras pessoas legislem para outros serem obrigados a interferir na "pessoa privada de cada um"?
Não sabes suicidar-te sozinho, é isso?
Ou a cena é para alguém exterior à tua pessoa, o fazer por ti?
Existem situações em que a pessoa não consegue executar a sua vontade de cometer suicídio, mesmo estando plenamente consciente.
Em relação "á vida" não a fiz nem a comprei. Foi-me dada. A partir desse momento é considerada propriedade privada.
Mesmo no suicídio, normalmente existe a ajuda de terceiros. Veja por exemplo o tiro de um revolver. O revolver foi feito por alguém...
Por fim, a falta de legislação sobre a Eutanasia, constitui uma lacuna que funciona como uma legislação contra a Eutanasia, algo que eu considero um direito pessoal.
Em relação aos outros. evidentemente que jamais a legislação devia obrigar quem quer que seja a ser executante. Deveria ser salvaguardado o direito do género de " objector de consciência" , que poderia ser invocado por qualquer medico.
cumps
Rui Silva
Se não tem um amigo que lhe dê uma ajuda, não obrigue a lei a considerar o caso um problema de sanitário.
Colhe-se o que se semeia.
Entretanto, como ainda consegue teclar, pode aproveitar agora.
Não deixe para mais tarde o que os seus direitos podem fazer hoje.
O pater familias romano costumava ter um criado para esse fim.
Com aquilo a que chamam "violência gratuita" à solta, nem será difícil encomendar o serviço a tempo e horas. Isso, se também for suficientemente desastrado para nem inimigos de jeito ter conseguido fazer.
Mas o problema é mesmo esse, caso tenha um amigo que "faça isso" , logo esse será incomodado pela "justiça"...porque cometeu um crime igual ao do individuo que matou o amante da mulher.
cps
Rui Silva
Se for caso sanitário pode ser isso tudo ou o inverso que não se sabe. Fica automaticamente livre da justiça.
Só que, pode dar-se o caso dessa obrigatoriedade não deixar todos livres de culpa.
Experimente carregar uma culpa destas e vai ver que entende melhor a questão do que falando em propriedade privada.
Entre 2008 e 2012 foram 600 tugas, pelo seu próprio pé (portanto sem estarem moribundos) à Suíça para que os eutanisassem por uma boa pipa.
Tem vindo a aumentar em toda a parte e os motivos permitidos pela lei também aumentam de acordo com o hábito.
Já vai em mero capricho e até pode ser feito a quem nem sabe decidir- como o caso de um doente de alzhaimer.
Portanto, esta questão faz parte de uma sociedade que se deseja. Isso é ideológico e hã-de ter um resultado necrófilo como as demais demissões dos instintos vitais de qualquer povo.
Chamam-lhe "direitos de saída". Expulsa-se o feto porque é chato e vai dar trabalho. Não tivesse entrado, já que ninguém é responsável pela vida.
Portanto, por esta lógica pela negativa- onde não se procria e o n~de abortos é maior do que os nascimentos dos imigrantes; fazer dos médicos carrascos é só mais um micro passo.
Se todos já têm, temos de ser modernos e acompanhar o ar dos tempos.
Vai dar um belo fim de lemmings e alguém vai ficar com as sobras.
Talvez os animais domésticos e os bárbaros
O caso do aborto é totalmente diferente. Pela mesma lógica sou contra...
cps
Rui Silva
Diferente em quê?
Não passaram os médicos a serem obrigados a matar um ser a pedido?
Passaram. E até a concia escreveu crónica a insultar o Jardim quando este disse que na Madeira não iam ser todos obrigados.
Foram . A lei é geral.
Motivos não existem- basta dizer que sim e porque sim.
Quanto aos de saída servem essencialmente para despachar pessoas mais velhas em toda a parte.
Não servem para os casos excepcionais de moribundos ou doentes terminais em hospital porque esses já vão indo, com a graça de deus ou de falta de médico ou de material.
Como disse a Marina aí mais acima- dantes a esperança de vida era de 64 anos e agora já vai num exagero.
Depois confundem esse "exagero" geral de toda a gente, com a longevidade que é outra coisa e sempre foi genética.
E dizem que o mal está na longevidade porque só leva a que tenham doenças inestéticas e que dão chatice aos que as não têm- como o alzhaimer (que por acaso é priónico e idêntico ao das vacas loucas e nada tem a ver com bons genes de longevidade).
Mas o pretexto está aí porque quem quer e quem legisla não é doente nem se acha a mais.
Ora, fazendo a conta aos 35,6 milhões mundiais que sofrem de alzhaimer, falta vir uma boa matança para os acalmar
O ideal para esta malta utilitarista era a reforma aos 65 e, no dia seguinte, a eutanásia.
ai ai eu mencionei o aumento da esperança de vida porque , como explicou uma vez o médico Joaquim , o o envelhecimento da população é que explica a epidemia de cancro ( que leva a muitos dos casos de estados terminais que não se aguentam ) nos países desenvolvidos , e está na base das demências senis e outras doenças dos manuais de geriatria , todas muiiito chatas.
se bem que eu ache que a epidemia de cancro , que atinge montes de gente relativamente nova , não se explica assim fácil , com o envelhecimento ; químicos e coca colas transgenicas e medicação " moderna" marada - ele é o colesterol , a tensão alta e as vacinas do lucro :) ;) - isso sim . e daqui por uns tempos os meninos em história vão aprender como se envenenaram os seus antepassados..
Vamos lá a ver
1º 64 anos não é idade demasiado avançada nem agora nem em tempo nenhum.
2º Tanto existe hoje gente que dura 90 e tantos anos como existiam há mais de 2 mil anos, segundo registos. Não houve qualquer fenómeno de durabilidade da espécie humana nos entretantos.
3º- o cancro é uma doença que até se desenvolve menos a partir de maior idade precisamente pelo inverso das demências- porque o cancro é o desenvolvimento rápido de células malignas.
4º As demências nada têm a ver com o cancro e nada têm a ver com tretas senis ou ateroesclorese. Eu sei que até os imbecis lá da sociedade de alzheimer espalham isso mas é mentira. Eles espalham porque precisam de inventar que há formas de evitar o que ninguém sabe como acontece.
O alzheimer é uma demência- e nada tem a ver com senilidade ou tretas geriátricas. É uma doença da memória por via de mutação de priões na proteína. De onde vem ou como entra o prião não se sabe
Sabe-se, isso sim, que antes dos 20 anos já se pode detectar se virá a ter 50 anos mais tarde. E sabe-se que até ratinhos transgénicos (para poderem desenvolver doença humana) que levam injecção com células retiradas após autópsia de doente com alzheimer, desenvolvem logo o mesmo e o prião vai para o mesmo local do cérebro, mesmo se a injecção for dada numa pata.
Estas doenças são chatas mas quem as tem nem sabe porque deixa de ter consciência disso.
Portanto, chamar as demências ao caso e "velhos a babarem-se" (nehum alzheimrado se baba) e "acamados cheios de escaras" (um paraplégico bem tratado não as tem, as escaras nada têm a ver com doenças de idade mas sim de falta de cuidado) a propósito da bondade do direito à eutanásia é, no mínimo dos mínimos, uma gigantesca estupidez.
Dizer "envelhecimento da população" a propósito de doenças é outra asneira.
A população fica mais velha quando nasce menos gente. A culpá e de v.s que nem procriam.
A população pode é ter mais cuidados de tratamento que tinha há umas décadas, apesar de em compensação também comer mais merda e ter o ar mais poluído.
Isso só significa é que nas idades intermédias há mais gente que sobrevive e que dantes não se safava de alguma chatice mais forte.
E ainda bem. Digo eu, porque não temo a decadência natural da idade, ainda que não me excite nada morrer.
O problema com o pavor com a idade é-vos incutido por se esconder essa natural decadência e vos venderem a patranha que vão ser jovens e belos até à morte.
Os velhos precisam de ter quem cuide deles e isso sim, é um problema social quando ninguém quer ter chatices nem trabalhos e a família já era.
Não se resolve esta doença social matando pessoas nem escondendo-as nas caves dos lares para só se mostrar à superfície "os velhos-jovens a "namorarem como adolescentes ou a grafitarem as paredes em agit prop camarário"
Uma das pessoas que falou do alzheimer sem o referir com esse nome mas como a sua realidade ancestral foi o Gabriel Garcia Marquez.
Ele sabia porque na Colômbia há locais onde ela é totalmente hereditária e toda a gente fica assim.
Não se fala muito nisto para não assustar mas eu comprei papers e é tão certo e sabido no meio científico que até o Lobo Antunes (o neurologista, não o escritor) o referiu recentemente em entrevista no jornal.
Os remédios são mentira e são retirados do mercado todos anos pela sua inutilidade. Aparecem iguais com outro nome porque são coisas que custam fortunas e têm milhões de potenciais compradores.
Tudo o resto de relacionar isto e outras demências com cancro é imbecil. Podem é relacioná-las com a doença de Parkinson ou com a doença de Creutzfeldt-Jakob porque são infecções cerebrais com origem priáptica idêntica.
O Gabriel Garcia Marquez morreu com alzheimer. A doença dos bobões- da buba, ou do kuru... mas ir para o kuru é que já pode ser mais ficção de humor negro
":OP
Já agora, para algum interessado com parentes com essa doença posso deixar aqui um conselho por verificação experimental directa em familiar.
É dar-lhes bananas, muitas bananas e óleo de coco extra-virgem.
Eu não tenho a menor panca com cenas naturistas e não foi por aí que aí cheguei.
Mas cheguei e posso garantir que todos os sintomas de irritação, agitação e berraria, acabaram. Ficou calma e nem noto que haja evolução. Antes pelo contrário.
Em contrapartida- zero de medicamentos. Zero absoluto e zero de sedativos- sedar é que provoca escaras.
Muito sol durante o dia e contacto com a natureza o mais possível.
Digo zero de medicamentos porque há pessoas saudáveis que passam os 95 anos sem nunca terem tido nem uma gripe na vida.
Nada se lhes pega. Duram porque são máquinas boas, à antiga
":OP
E têm tanto ou mais direito a cá estar do que as máquinas avariadas da cuca que chegaram no outro dia.
as demências têm a ver com o cancro na medida em que são doenças . não associei demências a cancro , mencionei ambas doenças como doenças que os especialistas associam a idade
64 anos é precisamente uma idade em que ainda não se é demasiado velho , portanto até ai as pessoas morriam sem ser preciso estarem mortas sem enterrar anos a fio .
lês demasiado nas entrelinhas , exageradamente , até dá para ler coisas que não estão aí. enfim.
Diz lá então uma coisa simples para eu não ler nas entrelinhas:
Que raio tem isto tudo a ver com a eutanásia para teres trazido para a conversa demências e doenças?
O que é que tu queres?
Eugenia?
Para só existirem pessoas altamente saudáveis e perfeitas?
É isso?
Porque se não é isso a que título te incomoda a existência de pessoas velhas e de outras menos velhos com doenças?
E, a que título atribuis a estes a responsabilidade pelo envelhecimento da população?
Se não existissem a população ficava mais nova mesmo sem nascer mais gente?
É essa a ideia?
Eu falo claro precisamente para que os outros não precisem de "ler nas entrelinhas".
E eu não li nas entrelinhas. Eu peguei nas tuas palavras. Se quiseres faço copy paste para te recordar o que disseste que não foi nada do que agora trouxeste para aqui.
Essa dos 64 anos ser boa ideia para acabarem porque a partir daí ficam mortos sem sepultura é uma boa ideia que espero que tenhas anotado para quando lá chegares.
Phónix
Há coisas que vêm de onde menos se espera e até mais valia que nem se soubesse.
A Marina da eugenia com limite de permanência até aos 64 anos.
A reforma tem de baixar para poderem ainda gozar qualquer coisinha.
bom , há muito ponderou é como quem diz. se não estou em erro , em 1960 a esperança média de vida era de 64 anos... o problema da eutanásia é um problema "moderno" , deriva de nos quererem fazer imortais aqui , na Terra :)
A seguir:
parece que o aumento da esperança média de vida está relacionado com montanhas de doenças deveras incapacitantes , daquelas de acamados cheios de escáras e a babarem-se todos . e daquelas com tratamento hiperagressivos . é só isso.
e mais
ora :
"A Doença de Alzheimer esporádica pode afetar adultos de qualquer idade, mas ocorre habitualmente após os 65 anos"
O que tinhas dito antes disto acerca da eutanásia é que tinhas esse direito. Disseste-o aqui e em mais lados.
Eu comentei o que disseste. Não fiz processo de intenção mas corrigi os erros.
Pelos vistos não li mesmo nada nas entreinhas.
Não me lembrava era do que já tinhas dito antes:
marina disse...
bem , eu penso é que não sou obrigada a gramar o novo estádio criado pela ciência , o mortovivo. pela parte que me toca dispenso o limbo dos homens. como diz o padre AB a vida é um dom , não um fardo...
agora , claro , quem quiser viver(?) assim , zombie , é lá com ele e o ministro é doido.
3:01 da tarde
Dispensas para ti mas também achas que se deve dispensar para os outros. Em nome do incómodo do espectáculo, ou das possíveis chatices que sobrem ou não sei. Mas não é suicídio- é defesa da eutanásia para se evitar isto. Não é misericórdia em casos extremos terminais.
Um paraplégico ou um tetraplégico é um mortovivo?
Eu conheço um que, por acidente, ficou assim antes dos 20 anos. Já tem 46. Só sente a cabeça e aprendeu a escrever soprando.
Tem muitos amigos gera felicidade a quem o rodeia.
Não se baba.
O Stephen Hawking é paraplégico degenerativo e baba-se.
São zombies provocados pela ciência e bons candidatos à eutanásia? É também por estes que a querem legalizada?
Fica aqui tudo o que te li e nem tinha comentado. Só para que não se venha com a treta de dizer que eu "li nas entrelinhas" ou alterei sentido às coisas.
----------------------------
Me PERMALINK
11 Fevereiro, 2016 09:25
essa é a sua opinião , a minha é contrária. não quer ser eutanizado , não seja , ninguém o quer obrigar . decerto compreende que nem todos dão igual valor à vida humana. , sobretudo quando o próprio já não lhe dá valor. preocupe-se mais com as crianças a morrer na Nigéria por causa da seca e deixe os cadáveres adiados ser enterrados. em paz.
Tiradentes PERMALINK
11 Fevereiro, 2016 12:14
“ó filho Me”. Se há alguém que não dê valor à vida humana sou eu mesmo. Feliz ou infelizmente vivi uma guerra em criança, morreram-me nos braços familiares próximos. Qual foi o hemisfério cerebral que não percebeu o que ali acima está escrito? Quem lhe disse que sou contra a eutanazia e até o suicídio? O que ali está escrito é o “sentido utilitário da morte” aplicado às sociedades.
Desconfio que não consegue “chegar lá”
Me PERMALINK
11 Fevereiro, 2016 13:42
bem , eu não estava a falar para si. mas cheguei lá perfeitamente , diga-se : é perigosos beber vinho porque muita gente alcoólica começou por beber vinho , é isso , não é ?
Enviar um comentário