24 junho 2015

despesa com medicamentos

Portugal consome mais medicamentos do que a média da UE e foi pior isso que a Troika impôs, no célebre memorando de entendimento, um compromisso sobre a diminuição da despesa farmacêutica total.


























E nos últimos anos (PSD/CDS), a despesa diminuiu. Só que não diminuiu por racionalização do consumo, que continua descontrolado, diminuiu por renegociação das margens de lucro dos diferentes agentes e intermediários da indústria farmacêutica.
O resultado mais evidente, para já, foi a falência de cerca de 300 farmácias.
Os portugueses, contudo, continuam enxofrados de drogas.

4 comentários:

zazie disse...

Alguém as receita e não me parece que seja o homem do talho.

Anónimo disse...

O número de farmácias por 10 000 habitantes em Portugal até é baixo quando comparado com outros países europeus mais ricos.

As farmácias faliram em parte porque o esforço fiscal é elevado. Depois abusaram no número de farmacêuticos e técnicos de farmácia contratados. Para atender numa farmácia de terriola bastam alguém com o 12.º ano, com uma formação extra, e um farmacêutico a supervisionar. Conheço uma farmácia que faliu, tinha cinco licenciados, agora tem apennas um, a Directora Técnica, que é farmacêutica, o resto são jovens com o 12.º ano.

Antes havia três cursos de Ciência Farmacêuticas, Lisboa, Porto e Coimbra, agora com as privadas nem sei quantos são, mais um no Algarve e outro na Covilhã, depois há as licenciaturas em Técnicos de Farmácia. É uma bolha educativa e o resultado está na emigração em massa de jovens formados nesta área.

Quanto ao consumo excessivo, o problema está nas embalagens, deveria haver embalagens mais reduzidas de alguns fármacos. Não sei como se resolverá este problema.

Harry Lime disse...

Olho para o gráfico e não vejo nenhum escandalo na posição portuguesa neste ranking...

Rui Silva

Josand disse...

Podemos reparar noutras coisas no gráfico:

Que os Portugueses são os 4ºs com maior valor absoluto de despesa dos cidadãos directamente do seu bolso( o "out-of-pocket").

Podíamos era ter uma ideia mais explícita da estrutura dos gastos, dividindo-os por Sujeitos e não sujeitos a receita médica.