O Estado Social, à primeira vista, é uma
espécie de Robin dos Bosques que tira aos ricos para dar aos pobres. Mas os
pobres, tal como os ricos, não comem dinheiro. Os recursos que lhes são
distribuídos são imediatamente – Keynes dixit – recuperados por “outros ricos”.
O IRS que o Estado saca a um profissional
liberal e que distribui por umas dúzias de beneficiários do RSI – rendimento
social de inserção -, por exemplo, vai direitinho para os Pingos Doces, para os
Moches ou para SuperBocks.
Deste modo, as políticas sociais podem ser
vistas como uma forma de “os ricos sacarem dinheiro a outros ricos”, não pelo
valor que criam para os consumidores, mas pela via da secretaria.
É por isso que muitos “muito ricos” são
grandes defensores do Estado Social... pretendem que o OE financie os seus
clientes. Eventualmente, estes muito ricos irão depois financiar os partidos
políticos com mais “sensibilidade social”.
- É pá –parece que os ouço dizer – temos de
fazer pela vida que isto é uma selva.
5 comentários:
e por isso a danone a loreal e outras marcas de consumo de massas suplicaram em frança para pagarem mais impostos... devem estar a perder clientes à brava para as marcas brancas .
O conceito de "os nossos donos" que o Gore Vidal usava frequentemente é muito útil para desenvolver estes raciocínios.
Eu acho espectacular que os realmente ricos tenham conseguido, globalmente e ao longo dos últimos séculos, evitar impostos sérios sobre todas as formas de propriedade.
Desviaram a questão para impostos sobre rendimentos, que para eles são fáceis de evitar, e permitem além do mais espiolhar a vida da criadagem até ao último centavo.
Lá está, quem é dono é dono ...
Caro Joaquim,
Agora já percebi.
Resumindo: Se merda tivesse preço, pobre nascia sem cu.
Estou correcto na análise?
D. Costa
Em compensação, os pobres, nos países sem Estado Social, são mão de obra escrava para os ricos sacarem o dinheiro todo. E depois morrem à fome ou de doença.
Afinal, o trabalho liberta, não é Joaquim?
ó Joaquuim, então e o RSI também não é para o vinho?!!!
Já lá dizia Salazar: beber vinho é dar de comer a 1 milhão de portugueses!...
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