Uma dos sintomas sobre a existência de
problemas na teoria económica moderna, uma boa parte dela baseada na utilização
de modelos matemáticos de equilíbrio é... a forma como trata e encara a moeda.
Estamos a falar da ferramenta social que
por excelência permite uma ordem social de cooperação com vantagens mútuas em vez do isolamento em autarcia ou conquista violenta.
Mas na concepção formalista-matemática
moderna a moeda não tem existência própria, não existe procura por moeda nem
oferta que responda a esta procura, mas sim procura e oferta de crédito e uma
taxa de juro.
E quase toda a profissão económica académica desenvolve uma
aversão natural pela procura de moeda, onde não vêm qualquer utilidade e até,
como os keynesianos e outros, procuram até concentrar o seu diagnóstico de
problemas económicos.
Já ao crédito, tudo de bom lhe é atribuído, por isso tudo que
facilite a expansão e circulação de crédito é bem visto e (supostamente)
compreendido e modelado. Se o sistema bancário pode expandir o crédito pela
criação de moeda (essa coisa inconveniente, que assim tem a sua redenção) em
vez do acto de poupança monetária, baixando assim a taxa de juro, tanto melhor.
Tirando as bolhas e as crises observadas há séculos, que deitam
por terra qualquer credibilidade.
2 comentários:
Podemos dividir os bens económicos em bens de consumo, bens de investimento e bens que constituem meio de troca
Há também bens mistos. Por exemplo, uma casa - tanto constitui um bem de consumo como uma forma de aforro.
A classificação é apenas conceptual.
Uma casa vista como bem de capital para um trabalhador ter acesso a um emprego e produzir.
Os austríacos são os primeiro a reconhecer isso e por isso mesmo a desconstruir a demasiada validade das análises de agregados económicos.
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