Em primeira linha, os pais ou a mãe, se nada obstar essa capacidade, e a instituição que recolheu a criança. E essa instituição deve ser clara quanto aos critério com que procura uma família ou educa a criança.
Como sempre, como no casamento, ou em outras instituições, o estatismo captura a capacidade de definir a realidade debaixo do sol, e depois a falácia do jogo político põe-se a discutir qual deve ser o sentido da vontade geral sobre a natureza humana. E isso é entrar no jogo progressista. Os conservadores que fazem esse jogo estão equivocados, quanto mais legitimarem o poder político de dizer o que as relações humanas são ou devem ser, mais a vontade geral acabará rapidamente com qualquer resquício de ordem social natural.
Previsão: quando finalmente aprovarem a adopção por casais do mesmo sexo, depois vão insurgir-se contra todas as instituições que não mostrem a não-discriminação perante o novo direito agora proclamado (caso do Reino Unido, impondo que a ICAR não possa colocar obstáculos à adopção por casais do mesmo sexo, de crianças à sua guarda).
A estratégia de sempre:
- primeiro consolidar o princípio da legitimidade absouta e unsubstituível do constitucionalismo democrático
- depois encher esse documento sagrado de preceitos sociais
- depois impor a ideia justa e universal de igualitarismo a todas as relações humanas
- e impor essa definição a todas as partes "privadas"
Os conservadores estão equivocados e numa armadilha.
9 comentários:
É muito interessante o uso da expressão "ordem social natural" por parte dos conservadores/liberais neste e noutros debates. Nesse aspecto, concordo com o CN quando diz que é um equívoco invocar tal conceito para justificar o que é que o estado deve impôr como legislação.
Mas por outro lado, o que raio é a "ordem social natural" nos dias de hoje? Desde há quantos séculos é que a cultura é adaptada à forma como o poder soberano se exerce? Parece-me que actualmente é assim um bocado difícil/impossível distinguir o que raio é que faz parte da "ordem social natural", se é que alguma coisa ainda faz parte dela. Parece-me mais de acordo com a realidade falar em ordem social desejada pelo poder, e ordem social adaptada ao poder.
não se pode é confiar nos liberais conservadores, que esses, andam de mãos dadas com os liberais judeus...e quando está em causa valores, os liberais conservadores abdicam dos seus em favor dos dos judeus...foi assim no aborto...casamento gay...adopção...e depois andam de mãos dadas com os liberais judeus a pregar o liberalismo...o liberalismo em Portugal tem os mesmos valores dos do bloco de esquerda...veja-se o insurgente...no que toca a valores...fazem-se muito amiguinhos dos conservadores, mas quando chega a hora...punhaladas nas costas...
"Os conservadores que fazem esse jogo estão equivocados, quanto mais legitimarem o poder político de dizer o que as relações humanas são ou devem ser, mais a vontade geral acabará rapidamente com qualquer resquício de ordem social natural."
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mas você acha que se o liberalismo judaico no poder, ele não ataca os valores cristãos da sociedade...você não viu a corrente "liberal" do PSD ( Menezes e companhia ) ao lado da corrente "liberal" do PS ( Moreira e companhia ) então no "CDS"...só la faltou o Adolfo Mesquita Nunes a estrela liberal naquele partido...eu "vi" a aliança liberal no parlamento...e foi uma festa!!!
"Em primeira linha, a instituição que recolheu a criança."
As instituições de acolhimento são donas das crianças?
O estado é doo das crianças?
O Estado não é dono. O Estado tem o inalienável dever de regulamentar e proteger os direitos básicos dos seus cidadãos em particular das crianças.
Se for preciso, deve proteger os seus direitos básicos mesmo contra os próprios pais, que já não têm, como no direito romano, poder de vida ou morte sobre os filhos e os escravos. Por maioria de razão não tem quelquer sentido que quelque isntituição particular ou privada possa decidir sobre o destino d ecrianças sem quelquer controlo supralegal.
O controlo/regulamentação dos mecanismos de adopção pertence inteiramente ao estado de Direito. Ponto.
Ou então caímos na barbárie.
"caímos na barbárie"?
Por acaso , Roma não era barbárie, era o ponto alto da civilização na altura.
Além disso, o Estado por seu lado, é o maior produtor de barbáries ao longo da história. Ponto.
Agora este quer voltar ao tempo dos romanos?
Cá me parecia que esta turba neocon quer mesmo reabilitar trabalho escravo
Isso e o potesta absoluto dos pater familiae...( sobre os filhos, mulheres e escravos).
Eu não escrevi estado, mas
Estado-de-Direito.
O único garante de civilização.
O garante de que não é a barbárie que regula as relações sociais. parentais incluídas.
Ponto.
Querem lá ver que agora era a tia lélé com a amiga tété, ou o professor bitaites que arranjavam uma associaçãozinha, ou uma casinha de acolhimento, ou mesmo um orfanato bon chic bon genre , que é sempre de bom tom acolher orfãozinhos e abandonados e assim, de preferência com uma "roda dos expostos" que estas piquenas já se sabe, têm vergonha de dar os filhos, e que depois, eram estas criaturas quem decidia os que iam para adopção ou não e quem adoptava quem, se vendiam uns, de compravam outros sei lá no mercado de carne de criança sem qualquer controlo estatal, tudo é possível.
Era lindo, era...
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