20 maio 2013

Pensões de reforma: a verdade (V) - o valor das pensões de reforma será aquilo que contribuintes futuros puderem... e quiserem

Sustentabilidade exige corte de até 45% das pensões em Espanha

"Segundo um estudo do "Instituto de Estudios Fiscales", divulgado pelo jornal Expansión, a reforma das pensões que o executivo espanhol liderado por Mariano Rajoy vai iniciar, conjuntamente com as mudanças já em curso, obriga a uma redução média entre 22% e até 45% no valor das futuras pensões, de forma a prevenir a bancarrota do sistema de segurança social.

A definição de um factor de sustentabilidade implicará no longo prazo a revisão automática das prestações, de forma a ajustar-se ao envelhecimento da população e à evolução do mercado laboral sobre as contas da segurança social espanhola."

1 comentário:

Ricciardi disse...

A lógica do caminho da modernidade neo-coisa é pagar Pensão na exacta data de morte do proponente.
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Ao menos podiam ser magnanimes e pagar uma pensão de 500% ao proponente falecido. Sei lá, tipo dar a reforma aos 78 anos 5 vezes maior do que o ultimo salário.
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Em suma, caros Austriacos, estais agora a ver aonde vos leva a porra da desvalorização interna?
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Não estais?
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Pronto, é que financiar desacertos nas txas de natalidade não se combate pela via manga-alpaquista de retirar rendimento a quem passou uma vida a descontar 35% do seu salário. Nada disso. O limite desta bostice da sustentabilidade é de facto passar a pagar reformas a quem fizer 78 anos de idade. A idade média da própria morte.
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Então, o problema não está no sistema em si. O problema está na natalidade e na falta de medidinhas que alavanquem o amor conjugal.
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Acaso 35% de descontos do salário não chegam e sobram para a reforma de cada um?
- Chega, pois. Chega e sobra muito. O problema reside nos regimes não-contributivos e especiais. Os especiais são aqueles reformados que nunca descontaram o tempo normal, como por exemplo os deputados e coisos afins.
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Ora, se o que eu desconto chega e sobra para me pagar uma reforma (em média a SS paga reformas durante 13 anos), mas não chega para pagar a deputados e regimes não contributivos os neo-coisos acham que é retirando pensão a quem trabalhou que se resolve a coisa.
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Nada disso. É expurgar do sistema os regimes especiais e não-contributivos.
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E deitam-se os Não-contributivos para o Velhão?
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Não. Tem que haver solidariedade e tambem compreender que existem muitas pessoas que não trabalharam porque era assim a tradição da coisa. As mulheres até tinham que pedir autorização escrita aos maridos para trabalhar. Não se pode abandonar estas pessoas.
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Mas é exactamente nestas pessoas que a sociedade tem de decidir o quanto quer ser solidaria, atraves de impostos gerais, e não sobre quem trabalhou e tem legitimas expectativas da sua reforma.
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Rb