"Exigimos que os "Depósitos à Ordem" deixem de ser financiamento em risco aos Bancos e passem a constituir-se como verdadeiros "depósitos": uma conta corrente de moeda (com todas as funcionalidades correntes de movimentos a débito e crédito) depositada à guarda de valores, sem risco de crédito. " Petição http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N38344Numa nota mais técnica:
É verdade que para o sistema ser capaz de operar esta alteração, o Banco Central terá primeiro de injectar as reservas / moeda base necessárias a cobrir por excesso os depósitos à ordem e depois declarar os 100% de reservas obrigatórias, mas isto não teria efeitos inflacionários dado que os Bancos deixariam de poder criar mais moeda para conceder crédito, passando sim a ter que intermediar poupança monetária, tal como o fazem os fundos de investimento de curto prazo e em obrigações (na verdade, o mais racional seria que o negócio de crédito tradicional fosse feito nos moldes muito mais claros e transparentes dos fundos de tesouraria e obrigações, como defendido pelo Professor Huerta de Soto).
Como é que a partir desse momento a massa monetária subiria (isto para quem acha que tal coisa é necessária)? Pela possibilidade da despesa do estado ser monetizada pelo banco central. Esta monetização tem efeitos inflacionários mais visíveis que os muito mais efeitos indiretos resultantes da expansão de crédito ao investimento, assim, sendo, mais fácil de monitorizar. Assim, em vez do Estado emitir dívida pública e o banco central comprar uma parte dessa dívida em mercado secundário ou financiar os bancos que a compram, passaria o banco central a financiar um maior ou menor montante essa despesa por emissão de moeda (se o achar necessário, não estou a concordar que o seja).
De resto isto consta de uma proposta de um trabalho publicado no FMI e comentado por mim aqui, no mises-org.pt: Novidade: Reservas de 100% para os Depósitos à Ordem proposto em ensaio do FMI
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