28 maio 2012

anti-business

Pelo menos metade dos pobres gasta mais de 50% do rendimento anual para pagar casa
No JN

Para o JN não é chocante que um pobre seja proprietário.

30 comentários:

Pedro Sá disse...

Claro, a propriedade imobiliária deve ser um privilégio dos ricos...o que vale é que percebemos muito facilmente onde está o seu liberalismo...em lado nenhum!

Anónimo disse...

compra ou renda?

Camilo

Anónimo disse...

Caro PedroS
O liberalismo não nasceu agora.
Medrou na Lusitânia nas décadas 'sociais-democratas-socialistas'.
Quanto à habitação própria de grande parcela dos lusitanos,
deriva da brilante, única e perfeita Constituição Política ou da economia/mercado permitidos?
Monti

Pedro Q. disse...

Verdade seja dita, se nao fossem proprietários, pagariam 50% do rendimento anual em rendas.

Anónimo disse...

Caro Pedro Sá,
Deixe ver se eu compreendi o seu argumento. O Sr. acha que ser rico não deve ser um privilégio dos ricos. Os pobres também podem ser ricos.
Pois deixe-me dizer-lhe uma coisa, o pior que se pode fazer a um pobre é levá-lo a pensar que é rico.

zazie disse...

ehehehe

Realmente, se os pobres se habituarem a serem ricos ainda chegam a ricos

":OP

sampy disse...

Ontem, um responsável era entrevistado na TV sobre a afluência às cantinas sociais. "São pessoas com muitas dificuldades", dizia. "Dificuldades em pagar as mensalidades do carro..."

Anónimo disse...

Pobres proprietários portanto ricos e ricos não proprietários e portanto pobres não se conseguem distinguir,mas é bastante mais fácil identificar os pobres de espírito que
nos rodeiam por todos os lados.

Fernanda Viegas disse...

O que me espanta é o espanto de certas pessoas, neste caso do Dr Joaquim. Será que ainda não se deu conta da realidade em que vive? Que "pobre" deixou de ser o andrajoso que andava a pedinchar nas ruas e à porta das igrejas? Que hoje, a "categoria pobre" refere-se a pessoas que trabalhavam, tinham a sua vida equilibrada,pagavam as suas contas, impostos, acreditavam no amanhã e foram apanhadas no "tsunami"? Se muita gente comprou casa foi porque a prestação do banco era mais barata que um aluguer. Cometeram-se exageros? É verdade. Hipotecaram-se vidas? É verdade. Mas as pessoas têm que viver nalgum lado; se não têm dinheiro para pagar a prestação ao banco, também não têm para pagar arrendamento, isso é certinho. E agora, vamos continuar a achincalhar a desgraça dos outros? Parem lá com isso!

Vivendi disse...

Culpam as pessoas que são despreparadas e sem cultura, mas não culpam quem criou a ilusão.

Os bancos que criam dinheiro a partir de nada com o apoio e conveniência dos políticos.

E onde param os comentadeiros, os economistas, os media para analisar sobre tudo isto?

Anda tudo é à cata dos pequenos episódios, da espuma dos dias, agora para debruçar sobre o enredo geral vai lá vai!!

Cfe disse...

"...se não têm dinheiro para pagar a prestação ao banco, também não têm para pagar arrendamento..."

Há grande confusão por aqui. A semelhança de valores das prestações para compra e dos aluguéis deram-se por via do abaixamento dos juros por via da adesão ao Euro.

Se tivéssemos muita gente no mercado de arrendamento, em vez no de hipoteca de habitação a saída era mais fácil porque a discussão de valores com pequenos proprietários é habitualmente mais
fácil do que com os bancos. Tenham em vista o alinhamento para baixo que o mercado de imóveis comerciais teve recentemente.

O problema é que em Portugal os valores convergiram de modo artificial devido a fatores políticos.

Cfe disse...

"Culpam as pessoas que são despreparadas e sem cultura, mas não culpam quem criou a ilusão."

Vivendi,

As pessoas escolheram políticos que melhor fazem transformar suas ilusões na realidade, ainda que seja por pouco tempo.

Como pode Portugal ser um país coma mais habitações do que famílias? Como pode ser o país com percentualmente mais habitações unifamiliares do mundo desenvolvido?

Cfe disse...

Conheço vários casos em que os aluguéis de inquilinos que habitualmente são cumpridores baixaram porque aos proprietários não interessa ficar com o bem vazio a espera dum novo inquilino que não se sabe se é cumpridor.

Os pequenos proprietários não tem a força de negociação junto ao governo como os bancos: os valores são decididos entre as partes. Já os bancos pressionam com a chantagem da falência e fazem os juros descer como é o atual caso o originando a continuação da agonia dos que estão em dificuldades: continuam a pagar percentagens elevadas de seus rendimentos por estarem presos a contratos.

zazie disse...

«se não têm dinheiro para pagar a prestação ao banco, também não têm para pagar arrendamento, isso é certinho»

Totalmente de certo.

Vivendi disse...

Cfe,

Como pode Portugal ser um país coma mais habitações do que famílias? Como pode ser o país com percentualmente mais habitações unifamiliares do mundo desenvolvido?

Porque os bancos emprestaram, porque houve bonificado, porque as taxas de juro eram apetecíveis para fazer crédito invés de estimular poupança, porque arrendar não compensava, porque tivemos uma expo 98 que mostrou ao povão que era tudo à grande eparamos por aqui para não me arrastar nos argumentos!

zazie disse...

As pessoas não escolhem nada.

São-lhe impingidas aqueles idiotas escolhidos pelos lobbies dos partidos.

Nem os militantes dos partidos escolhem, quanto mais quem vota.

Parecem parvos com esta conversa mal-cheirosa de dizer que a culpa não é de quem manda mas de quem obedece.

Cfe disse...

"se não têm dinheiro para pagar a prestação ao banco, também não têm para pagar arrendamento, isso é certinho"

Se deixarem o mercado fluir o percentual de rendimento afeto a habitação iria cair porem como ninguém quer deixar de ser proprietário - e continuar com um dívida ás costas - o problema não se resolve.

Anónimo disse...

Fernanda,
O estudo referido não se reporta a desempregados. A notícia diz: metade do rendimento auferido. Deduzo que se refere a pessoas que estão a trabalhar.
Não me parece justo que se chame pobre a quem comprou e vive em casa própria.
Estou como a Lagarde, tenho pena é das crianças no Kenya.

Cfe disse...

Pois olha, eu sou proprietário dum T4, como uns anos atrás estava bem de vida todo - vou repetir - todo o meu círculo de família e amigos ficaram admirados por e não comprar uma vivenda.

Eu não comprei porque nunca acreditei em moleza. E não sou mais que ninguem.Se me oferecem algo que não posso pagar, não compro pq não quero me meter em confusão.

Em compensação via muita gente com menos poder de compra adquirir casas portentosas.

Vivendi disse...

As pessoas não escolhem nada.

São-lhe impingidas aqueles idiotas escolhidos pelos lobbies dos partidos.

Nem os militantes dos partidos escolhem, quanto mais quem vota.

E não faltam exemplos de estrume político.

Agora na baila temos o relvas. Coloquem os ciclos unimonais em vigor a ver se não erradicamos esta caca de políticos.

Votar em Políticos só com currículo profisssional que se preze.

Caso contrário o Platão explica como funciona a coisa.

Ricciardi disse...

«Se muita gente comprou casa foi porque a prestação do banco era mais barata que um aluguer. Cometeram-se exageros? É verdade. Hipotecaram-se vidas? É verdade. » Maria
.
Pois claro.
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Joaqchim, se as prestações são metade do rendimento, eu pergunto de quem é a culpa, de quem é?
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Quem mandou emprestar massa a pessoal?
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Olhe, o Subprime de que se fala não é mais do que reunir creditos hipotecarios em pacotes e vende-los na aldeia global. A coisa deu tanta massa que, de supeton, os bancos tinham objectivos de crescimento de creditos hipotecarios sem qualquer criterio de risco cliente. E porquê?
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Porque eram vendidos em pactoes. Pacotes. Pacotes. Pacotes.
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O banqueiro queria mais creditos para fazer pacotes. Pacotes. Muitos pacotes. Até para as rolotes se fizeram creditos hipotecarios. Pacotes, pois então. A aldeia global comprava Pacotes.
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E de quem é a culpa?
.
Rb

Fernanda Viegas disse...

Cfe tem razão no que diz e o Vivendi explicou muito bem os cenários desta tragico-comédia. Que ninguém se fique a rir, porque a expiação é p'ra todos.

Vivendi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vivendi disse...

O povo sempre quis pão e circo. Cabe às elites fazer a diferença.

A democracia transformou-se numa mentira porque quem mais promete mundos e fundos ganha as eleições, mesmo que para isso se hipoteque o futuro ou gerações

Fernanda Viegas disse...

A Dª Lagarde que tenha juízo também! Esse comentário faz-me lembrar quando temos um problema e alguém nos bate nas costas e diz: olha que fulano e sicrano estão piores que tu. Mais uma vez, aqui não há inocentes, mas como diz a Zazie e o Ricciardi há uns que são mais inocentes do que outros.

muja disse...

Rb,

não esqueça também o pormenor de quem vendia os pacotes pudesse, a seguir, pô-los no seguro - o credit default swap. Ou seja, apostar, na práctica, que as dívidas contidas nos pacotes não iam ser pagas...

muja disse...

Mais a propósito, só tenho a dizer que pobres há muitos. E falsos pobres também. E não é vendo se a casa em que vivem é do banco ou de outra pessoa qualquer que se determina se alguém é pobre ou rico.

Se as pessoas gastam metade do rendimento na prestação da casa, quer dizer que ganham mal. Se ganham mal porque ganham pouco ou gastam muito dependerá de pessoa para pessoa, suponho... Suspeito (e espero) que a maioria é pela primeira, mas também haverá muitos que é pela segunda.

Portanto, extrapolar conclusões deste número apenas, dá asneira pela certa...

Cfe disse...

Trabalhei muitos anos em setor, digamos, adjacente ao imobiliário e vi muita gente comprar morada superior a suas necessidades e capacidades.

Tenho é pena de muita gente que comprou um T2 ou T1 e gastou suas economias num bem que nunca mais terá o valor da altura que adquiriu.

ois olhe: mudei para o Brasil e isto está numa maluqueira muito pior. Os preços estão muito maiores do que em Portugal, Espanha e mesmo EUA. Portanto a situação não é exclusiva de Portugal.

Anónimo disse...

a lei das rendas causou esta distorção.
Quando a diferença entre o valor de uma renda e o da compra do apartamento é pequena muitas pessoas preferem fazer um sacrificio adicional e investir na compra de um apartamento.
Se os juros se mantiverem baixo no prazo de uma geração deixam de ser pobres. Se alugarem talvez gastem "apenas" 40 ou 45% para pagar a renda, mas não têm perspetivas de melhorarem de vida a longo prazo.

Camilo

CCz disse...

Prov 21, 20