16 abril 2012

caines

Tal como está é um exercício antidemocrático, é "a proibição do keynesianismo enquanto resposta de política económica".

Comentário de Pedro Nuno Santos, deputado do PS, ao tratado orçamental.

PS: Para começar o dia com uma boa anedota. Como é que pode ser antidemocrático um tratado aprovado na AR? Depois, os socialistas não sabiam que o caines morreu com o Euro? Pelos vistos não sabiam.

5 comentários:

Ricciardi disse...

Bem, eu sou favorável à medida.
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Não pelo mérito intrinseco da mesma, mas sobretudo pelo facto de não confiar no bom senso dos governantes em usar o endividamento de forma assertiva.
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Agora, a medida em si mesma devia ser feita de outra forma e não esta escolhida, porque a escolhida gera um impasse ideologico entre partidos e, em caso de necessidade, o país fica bloqueado.
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Eu gostava de uma medida em que, para se endividar o país, o governo tivesse apenas que esperar por dois pareceres: um técnico e outro estratégico. Como quem diz, 1) um parecer vinculativo do Banco de Portugal e aprovado pelo tribunal de contas e 2) o parecer complementar do conselho de estado.
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É que a ideologia é cega; quer de um lado, quer do outro. E se bem nos lembramos foi Keynes que salvou as economias em 1930. De salientar que os ideologos liberais estão a ir por um caminho de mentira ao colar Keynes com estatismo e endividamento; podiam estudar um bocadinho e serem verdadeiros - keynes nunca defendeu endividamento continuo «Keynes defendeu a tese de que o Estado deveria intervir na fase recessiva dos ciclos econômicos com sua capacidade de imprimir moeda para aumentar a procura efetiva através de déficits do orçamento do Estado e assim manter o pleno emprego. É importante lembrar que Keynes nunca defendeu o carregamento de déficits de um ciclo econômico para outro, nem muito menos operar orçamentos deficitários na fase expansiva dos ciclos.»

Rb

Carlos Vieira disse...

Eu sou socialista e não tenho a menor dúvida de que Keynes morreu com o euro e a globalização. Mas PNS se em vez de ser filho de um industrial do calçado de São João da Madeira tivesse crescido na classe média da capital certamente estaria no BE (do qual é na realidade mais próximo, e não por acaso quando liderava a JS havia quem lhe chamasse o bloquista-geral) e não no PS.

Anónimo disse...

"E se bem nos lembramos foi Keynes que salvou as economias em 1930."

Como? Roosevelt prolongou a crise. Sem o comportamento económicamente terrorista e já agora a incerteza sobre esse comportamento do governo federal muito mais cedo teriam sido investido dinheiro nas tecnologias que transformaram a américa no fim dos anos 30 e durante a guerra: desenvolvimento da aviação, substituição dos motores a vapor nos navios por diesel, melhores automóveis, etc. Isso foi tudo atrasado pelo caos político e os zig zags criados pela Administração.
Foram novas tecnologias que fizeram sair a América da crise e para isso muito pouco contribuiu o governo federal. Pelo contrário criou muitos mais problemas do que arranjou.

lucklucky

Ricciardi disse...

... e o mesmo está a acontecer neste momento. Não vale a pena olhar para o lado e assobiar e dizer ahh e tal não está a contecer nada, como se o BCE não estivesse a salvar paises intervindo no mercado adquirindo titulos a Espanha, a Italia etc. Se bem que podia estar no mercado primario que era muitissimo mais eficiente e a esta hora já a europa estava a crescer.
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Rb
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Rb

Vivendi disse...

A Europa a crescer? Portugal a crescer?

Onde? Quando? Como?

A Europa está a praticar a expansão monetária torra dinheiro para salvar bancos e estes para alimentam dívidas públicas tóxicas.

Sócrates torrou dinheiro, hipotecou gerações futuras, e nem uma porcaria de crescimento!

Logo é uma falácia o muito que já se escreveu acima.

Já Salazar que foi correto nas contas e nas políticas económicas conseguiu crescimentos extraordinários sem endividar gerações e acumulando riqueza.

O segredo? produzir e poupar.