08 maio 2008

caritas

Uma das lamúrias que mais prejudica o movimento liberal é a sua identificação com a riqueza e o poder. Não sei se esta ligação é estabelecida por estupidez ou por ignorância, mas reconheço que é um grande entrave à ideologia liberal.
Em conversa e até aqui nos comentários, surge sempre o queixume dos desgraçados e dos pobrezinhos que necessitam da ajuda do Estado e a acusação de que os liberais são insensíveis a esse problema. Ora, caros amigos, sem ultrapassar esse estigma não há agenda liberal que possa ter sucesso. Os liberais ficam com um ferrete demoníaco de falta de compaixão pelo próximo e de um egoísmo exacerbado. Devemos, portanto, usar toda a nossa capacidade intelectual para desmontar esta convicção tão generalizada, não esquecendo que os nossos adversários colectivistas usarão de todos os truques retóricos possíveis para desconstruir as nossas afirmações. Os socialista têm o hábito de confundir a mentira pura com a retórica barata.
Pergunta um anónimo: Há liberais pobres?, Sem formação e sem qualificações? Fiz uma breve pesquisa na net para determinar as origens sociais dos inscritos em partidos assumidamente liberais, mas não consegui resultados. Só posso portanto expressar uma convicção pessoal. Em Portugal, a maior parte dos liberais que conheço não são ricos. Os ricos, no nosso País, vivem encostados ao Estado, servem-se do poder e dos recursos do Estado e quando expressam opiniões políticas são colectivistas. Basta ver o apoio que os grandes empresários têm vindo a dar ao PS e de como elogiam o primeiro-ministro.
Quanto à formação e às qualificações, o problema é diferente, mas aplica-se igualmente a qualquer escolha politica. Sob o ponto de vista económico sabemos que nos regimes mais liberais há menos desemprego e miséria e portanto, neste domínio, o liberalismo serve melhor os interesses dos fracos.
E a segurança? Mas qual segurança? Portugal é um dos países mais colectivistas do mundo e que segurança económica temos? Com um desemprego nos 8% e a economia estagnada. A este respeito devemos lembrar Benjamin Franklin que afirmava que “quem põe a segurança acima da liberdade acaba por perder as duas”. Não é isso que se está a passar em Portugal?

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