
O leitor tem toda a razão. Naturalmente que a despenalização da droga teria que ser transnacional, envolvendo um conjunto de países pelo menos pertencentes a uma região considerável.
Em Portugal e na Europa, ao contrário da quase totalidade do mundo, essa questão poderia ser aplanada através da União Europeia. Se a segurança e a protecção dos cidadãos é uma das prioridades comunitárias, a resolução de parte substancial dos problemas que a droga envolve daria uma excelente contribuição. Até aqui, as políticas comunitárias sobre a droga têm sido tratadas no âmbito da cooperação, e visam principalmente objectivos de prevenção e articulação das polícias. Os resultados, porém, estão à vista.
Na verdade, se há tantas (cada vez mais) políticas comuns, isto é, já comunitarizadas pela União, não se vê por que razão não poderão vir a ser supranacionais e transnacionais as questões relacionadas com o maior problema social com que se enfrentam todos os seus vinte e sete países. Avançar no sentido da despenalização, eventualmente acompanhada com medidas nacionais de compensação e de apoio, está longe de ser uma impossibilidade no espaçom da União Europeia.
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