13 março 2006

a arte do estado

I. No dia em que o Público (link directo indisponível) noticia que a actual crise económica é a mais grave, acentuada e prolongada dos últimos vinte e cinco anos em Portugal, o Governo anuncia que vai investir 450 milhões de euros para criar 15 mil postos de trabalho e 45.700 vagas em creches, lares de idosos, centros de actividades ocupacionais e serviços de apoio domiciliário para pessoas com deficiências.Na notícia do jornal Público realça-se que no ano de 2004 houve um ligeiríssimo crescimento da nossa economia provocado pelo efeito artificial e passageiro do Euro-2004. O mesmo acontecimento que, como nos prometeram os sucessivos governos do PS e do PSD/CDS-PP, iria criar uma oportunidade única de desenvolvimento da qual beneficiaríamos por muitos e longos anos.A notícia dos novos postos de trabalho criados pelo Governo demonstra que o poder político ainda não percebeu que numa economia de mercado, quem cria emprego são os particulares e as suas empresas. Tudo o mais é fictício e redunda sempre em gastos superiores ao investimento real e aos benefícios obtidos. Se o Estado dificultar a vida às empresas e aos cidadãos, nomeadamente, obrigando-os a responder pelo desequilíbrio das suas próprias contas, então, o desemprego aumentará e a recessão económica é garantida.Veremos o que sobre estas orientações políticas têm a dizer o novo Presidente da República, o seu assessor político Doutor João Carlos Espada e, já agora, o Dr. Paulo Portas no seu próximo «Estado da Arte».

II. Afinal estamos salvos: o magnífico programa dos 15 mil postos de trabalho hoje anunciado será «financiado pelas verbas provenientes dos jogos sociais» e não por dinheiros públicos. De resto, tal como todos os grandes investimentos dos governos nos últimos anos, pagos com dinheiros comunitários e por reduzidas verbas públicas, rigorosamente aplicadas segundo os orçamentos aprovados. Sem desvios e todos com elevadas taxas de rentabilidade: o Centro Cultural de Belém, a Expo 98, o Euro 2004 e a Casa da Música. A OTA e o TGV também não escaparão a esta draconiana racionalidade económica que tem feito de Portugal um país desenvolvido e próspero.
Quanto ao futuro do programa anunciado hoje, ele dependerá exclusivamente do afinco com que continuarmos a jogar no Euromilhões, do valor dos jackpots acumulados e da distribuição nacional dos prémios. Se a «raspadinha» e o totoloto voltarem a animar, talvez o programa aumente o númro de postos de trabalho. Quanto ao totobola, não vale a pena contar com ele.

6 comentários:

Anónimo disse...

no minimo
hilariante

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

...

Pedro Morgado disse...

Sim senhor... Mais uma análise excelente!
Concordo em absoluto.

Anónimo disse...

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