27 setembro 2022

O MERCADO VERMELHO

O MERCADO VERMELHO

 

Todos sabemos o que é o mercado negro, é onde se adquirem os bens que o Estado proibiu de transacionar e/ou que limitou de tal forma que é necessário dar a volta e comprá-los à socapa, “debaixo da mesa”, a vendedores ilícitos.

 

O exemplo mais citado penso que seja a Lei Seca, nos EUA, que proibiu o fabrico, transporte e venda de bebidas destiladas em todo o país.

 

Claro que nunca houve falta destas bebidas no mercado negro, especialmente whiskey , mas eram vendidas e consumidas clandestinamente, com um prémio que tinha de cobrir o risco da ilegalidade.

 

O Al Capone enriqueceu com a Lei Seca e, alegadamente, o patriarca da família Kennedy também.

 

Na URSS era proibida a aquisição de moedas estrangeiras, mas claro que na candonga nunca faltavam os dólares, só que muito mais caros do que ao câmbio oficial.

 

Atualmente, como sempre, não faltam mercados negros que emergem e colapsam de acordo com as proibições e limitações. Drogas e prostituição costumam estar na linha da frente.

 

Uma situação que é de certo modo nova, nas democracias “liberais e capitalistas”, é a proibição de ideias e narrativas contrárias às dos governos e às da elite globalista. Esta proibição, contudo, tal como com todos os produtos e serviços ilegalizados, não as elimina, apenas as remete para um mercado paralelo que designarei por MERCADO VERMELHO.

 

As pessoas e instituições censuradas ou, como agora se diz, canceladas, não desaparecem, continuam “a andar por aí”, só que pela Darknet, pelo Telegram e pelo Rumble, em vez dos blogues da Google e do Youtube. Enquanto as suas ideias adquirem uma aura mais atrativa, mais reviralhista.

 

Conspiracionistas, negacionistas, Putinistas e “fascistas”, passam a oposicionistas vitimizados pelo status quo.

À medida que algumas narrativas oficiais vão caindo, os cancelados fazem peito, agregam seguidores e criam um mercado “revolucionário”, que por isso mesmo designei por mercado vermelho.

 

O Brexit, o Trump e a Meloni, por exemplo, representam movimentos e pessoas que dão a face por ideias do mercado vermelho, que vai crescendo como uma bola de neve até arrasar os canceladores do lápis azul.

 

Em Portugal, o Chega é um partido do mercado vermelho, por isso com grandes possibilidades de chegar ao poder, especialmente se os socialistas o continuarem a difamar.

 

É muito engraçado que seja a esquerda a “estimular” o mercado vermelho porque, no passado recente, beneficiaram da censura e do isolacionismo que, em Portugal por exemplo, lhes foi imposto pelo Estado Novo. Deviam ter aprendido a não fazer aos outros o que os alavancou ao poder nos últimos 40 anos.

 

O fruto proibido é sempre o mais apetecido. Cancelem, cancelem e vão ver as consequências.





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