No post anterior, cito o Presidente do FCPorto, Pinto da Costa, que se refere à ala pediátrica do Hospital de S. João, o segundo maior hospital do país, como uma das maiores manchas da democracia portuguesa da última década.
Durante dez anos, as crianças do Hospital de S. João estiveram internadas em contentores metálicos - que é uma acomodação mais propícia para animais - onde, a partir de certa altura, falhava o aquecimento no inverno, chovia lá dentro, e havia pragas de moscas no Verão.
O presidente Pinto da Costa também salienta que, se não fosse pressão e as contribuições da sociedade civil - onde ele próprio assumiu posição destacada - aquela obra nunca teria sido feita. E, no entanto, é uma obra cujo custo é uma insignificância para o Orçamento do Estado (que é de 100 mil milhões de euros) e face àquilo que o Estado vai pôr este ano na TAP.
O primeiro ponto do Programa Eleitoral do CHEGA para as eleições de 30 de Janeiro trata precisamente da sociedade civil, e do predomínio que o CHEGA atribui à sociedade civil sobre o Estado. Diz assim:
"1. O CHEGA assume o dever histórico de reforçar a Sociedade na relação com o Estado cujo ponto de partida é a valorização da família, instituição primordial, nuclear e insubstituível no equilíbrio e realização de indivíduos, comunidades e povos".
Quando o CHEGA for governo, o Estado estará ao serviço da sociedade e não a sociedade ao serviço do Estado ou, posto de outro modo, os políticos e os funcionários públicos estarão ao serviço dos cidadãos, e não os cidadãos ao serviço dos políticos e dos funcionários públicos.
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