04 agosto 2021

Programa do Chega (13)

(Continuação daqui)

(Matriz Política)

13. O CHEGA é de direita

Porque o primado da autorresponsabilidade e o primado da vitimização  instituem universos existenciais incompatíveis, sendo que a direita política, para o ser, filia-se ao primeiro, na mesma medida em que a esquerda política, para o ser, filia-se ao segundo. O CHEGA é um partido político em exclusivo de direita por razões morais e, pelas mesmas razões, rejeita toda e qualquer conotação com qualquer espectro político extremista e fundamentalista.

Na III secção do seu Programa, sob o título "Matriz Política do Chega", o CHEGA afirma-se "um partido aberto à sociedade, agregado em torno de cinco grandes princípios políticos", de que o primeiro é o de ser de direita.

Para o CHEGA a divisão entre direita e esquerda tem uma fronteira bem definida, que é de natureza moral, a saber, a atitude perante a vida centrada no princípio da autorresponsabilidade por oposição à atitude perante a vida centrada no princípio da auto-vitimização.

De uma maneira simplificada pode dizer-se que, para o CHEGA, um homem é de direita se assume ser ele o principal responsável pelo seu próprio destino e de esquerda se ele assume que é vítima do seu próprio destino. De uma maneira ainda mais simplificada, o homem de esquerda está sempre  a queixar-se, ao passo que o homem de direita, por princípio, não se queixa.

O CHEGA é o único partido político parlamentar em Portugal a afirmar-se explicitamente como sendo de direita. Se não fosse por outras razões, esta seria suficiente para afirmar o CHEGA como um partido inovador no quadro parlamentar português.

(Continua)

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