A Operação Marquês em Portugal tem imensas semelhanças com a Operação Lava Jato no Brasil, e são raras as diferenças.
Uma das diferenças é que as conversas entre os procuradores da Lava Jato foram hackeadas ao passo que, até à data, não existe notícia de que tenha sucedido o mesmo às conversas entre os procuradores da Operação Marquês.
Em várias dessas conversas o procurador-chefe Deltan Dallagnol - o equivalente na Lava Jato do procurador Rosário Teixeira na Operação Marquês - discute com os seus colegas a criação de uma Fundação com o dinheiro arrestado aos arguidos e com o produto das multas que lhes foram impostas, e da qual os próprios procuradores beneficiariam.
O juiz Gilmar Mendes - o equivalente, no Brasil, do juiz Ivo Rosa - acabaria a chamar a este projecto, que acabou por sair gorado, "Fundação Dallagnol" (cf. aqui).
Voltando à Operação Marquês, na passada sexta-feira o juiz Ivo Rosa não se limitou a arrasar a acusação produzida pelo Ministério Público. O juiz ordenou também que fossem imediatamente devolvidos aos arguidos vários bens que lhes tinham sido arrestados, incluindo sete imóveis e 26,8 milhões de euros em dinheiro (cf. aqui).
Lá se foi a Fundação Rosário Teixeira...
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