31 dezembro 2020

a tragédia

O ponto mais saliente, mas o menos falado, do caso envolvendo o procurador José Guerra (cf. aqui) é a partidarização da justiça - uma partidarização que retira à justiça o seu atributo essencial, que é a imparcialidade.

A ministra da justiça usou todos os meios ao seu alcance para colocar na Procuradoria Europeia um boy do PS - o procurador José Guerra. Mas a verdade, é que os indícios apontam para que a procuradora que ganhou o concurso - Ana Mendes de Almeida - seja uma girl do PSD (caso contrário, este partido não se teria esforçado tanto para trazer o assunto a público).

Esta é a tragédia - uma justiça corrompida pelos dois maiores partidos. E onde, da parte de cada um deles, já não existe vergonha nenhuma em assumir a corrupção.

No post em cima, cito outro caso de corrupção pública e ostensiva da justiça por parte dos partidos. Só que, em lugar do PS, nesse caso é o PSD que está envolvido.

Os protestos do PSD em relação ao affair José Guerra são um caso de "Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço" (cf. aqui).

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