A partir do final dos anos oitenta, com a adesão de Espanha e Portugal à União Europeia, as sociedades de advogados espanholas, que são das maiores da Europa (cf. aqui), estabeleceram-se em Portugal, associando-se a escritórios de advogados portugueses e, mais tarde, comprando-os. Esta tendência tem-se intensificado nos últimos anos (cf. aqui).
Aconteceu assim com a Cuatrecasas que inicialmente se associou ao escritório do advogado André Gonçalves Pereira e, mais tarde, o absorveu.
Para olear o mercado dos crimes, e aumentar a sua eficiência, a Cuatrecasas trouxe para Portugal uma tecnologia por que é conhecida em Espanha - comprar magistrados do Ministério Público [fiscales] e juízes, para além de políticos (cf. aqui).
Curiosamente, esta tecnologia de corrupção da justiça, instituindo o tráfico de influências dentro do próprio sistema de justiça, viria a encontrar o caso mais paradigmático na figura de um português que, além de político, também era ex-juiz do Tribunal Constitucional. Foi o dois em um.
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