10 dezembro 2019

às dúzias

Há uns meses a Provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, mostrava-se intrigada por que é que Portugal, sendo um dos países mais pacíficos do mundo - o 3º no ranking internacional - tinha uma população prisional anormalmente elevada (cf. aqui).

De facto, consultando os dados da Pordata para um conjunto de países relativos à evolução da população prisional entre 2008 e 2017, verifica-se que, na generalidade dos países, ela caiu. Portugal é um dos raros países em que aumentou e o aumento é substancial, cerca de 30%. (cf. aqui)

Existirão vários factores para explicar esta situação, mas o principal é o Ministério Público que temos, o Diabo à Solta que quer atirar com os portugueses em massa para a prisão. Fá-lo, não ao ritmo de um ou dois de cada vez, mas às dúzias de cada vez:

Caso AIMinho: dez dúzias e meia (cf. aqui)
Operação Marquês: mais de duas dúzias (cf. aqui)
Operação Ajuste Secreto: quase seis dúzias (cf. aqui)
Caso Alcochete: quase quatro dúzias (cf. aqui)
Caso Tancos: duas dúzias (cf. aqui)
Vistos Gold: quase duas dúzias (cf. aqui)
Face Oculta: três dúzias (cf. aqui)
Operação Jogo Duplo:  mais de duas dúzias (cf. aqui)
Operação Éter: dez dúzias (cf. aqui)

Quem tem um Ministério Público assim só pode ter as prisões cheias.

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