Com tanto dinheiro em subsídios do Estado, a Associação o Ninho (cf. aqui) tem de fazer muito lobbying político. É quase meio milhão de euros em subsídios por ano que garantem a sobrevivência da associação.
Governar uma associação como O Ninho deve dar um trabalhão em termos de bajulação do poder político. E são necessários muitos agradecimentos.
A presidir ao seu mais importante órgão social - a Assembleia Geral - está o conhecido juiz Pedro Vaz Patto.
Pois, de facto, a Associação O Ninho é um ninho fantástico, e um milagre, onde se juntam os três poderes do Estado que a democracia teima em separar - o executivo, o legislativo e o judicial (cf. aqui).
Que lá estejam tantos políticos não é de admirar porque são eles que assinam os cheques que permitem à associação sobreviver. De admirar é que lá esteja um juiz a dar a pitada de sabor do poder judicial.
Porquê, existe algum mal nisso?
Depende. Se o juiz um dia tiver de julgar uma causa em que esteja envolvido um desses políticos, existe.
De qualquer forma, um juiz no meio de tantos políticos, dá sempre para invocar aquela máxima da tradição portuguesa:
-Diz-me com quem andas…
No seguimento deste acórdão (cf. aqui), por duas vezes, em dois requerimentos, pedi ao Tribunal da Relação do Porto para esclarecer a relação existente entre o juiz Vaz Patto e o Paulo Rangel no âmbito da associação O Ninho.
Por duas vezes recebi como resposta o silêncio.
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