Um das ideias centrais em que o Liberalismo acredita é a de que o Estado está ao serviço dos cidadãos, e não, como acontece em Portugal, os cidadãos ao serviço do Estado.
Por isso, uma das características do discurso liberal é uma atitude firme e de autoridade em relação aos governantes e à administração pública, num sinal de que "Quem manda aqui sou eu e os meus pares, e não vocês. Vocês estão ao nosso serviço".
Tal significa, entre outras coisas, acabar com todos os salamaleque no discurso público em relação aos governantes e outros agentes do Estado, fazendo-lhes lembrar que eles são os servidores do público (public servants, na expressão inglesa), e não os patrões.
João Cotrim de Figueiredo, o deputado da IL, promete ser implacável (cf. aqui). Espero que o seja também neste sentido - o de pôr os governantes e a administração pública em sentido, a fim de que o Estado sirva os cidadãos e não o contrário, como presentemente sucede..
Não vai ser fácil numa cultura que está habituada a calar-se e a resignar-se perante o poder. Trata-se de afirmar a cidadania, que é um valor liberal essencial, e que existe pouco em Portugal (séculos de governação autoritária no nosso país produziram este resultado).
O Estado e os seus agentes existem para servir os cidadãos. Não o contrário. Esta é uma das primeiras linhas programáticas do Liberalismo.
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