29 outubro 2019

frugal ou espartana

Apesar de algumas imperfeições da mensagem e do esforço de contra-informação do HSJ, veiculado sobretudo através do Público (cf. aqui), o qual procura misturar a investigação de que o HSJ está a ser alvo com a Associação Joãozinho, a despeito de tudo isto, a informação que está a passar é, no essencial, verdadeira.

Aconteceu assim com os noticiários da SIC (cf. aqui) e da RTP (cf. aqui) da hora do almoço.

Entre 2009 e o início de 2014 o projecto Joãozinho foi gerido pelo HSJ. Dos 4 milhões que já em 2010 dizia ter angariado, quando chegou a altura de transferir o dinheiro para a Associação Joãozinho, para esta o utilizar no pagamento da obra, transferiu apenas 549 mil.

Os jornalistas continuam a perguntar-me se a Associação Joãozinho foi contactada pelo DIAP. A minha resposta é um categórico não.  Até à data, pelo menos, e no meu conhecimento, a investigação incide sobre o HSJ.

E porquê, porque não também sobre a Associação Joãozinho?

Porque a Associação Joãozinho tem uma contabilidade  organizada e auditada. Esta contabilidade é pública, qualquer pessoa a pode consultar e o DIAP já a deve ter consultado. Estão lá espelhadas todas as receitas da Associação, que são contribuições mecenáticas, e também todos os seus custos. Neste último aspecto, a Associação Joãozinho deve ser a IPSS mais frugal ou espartana que existe no país.

Ao passo que o HSJ não tinha uma contabilidade organizada sobre o projecto Joãozinho enquanto teve a tutela dele (2009-início 2014). Daí o DIAP andar de volta do HSJ e não da Associação Joãozinho.

Por outras palavras, sobre a Associação Joãozinho o DIAP já sabe tudo. Já no que respeita ao HSJ, enquanto este teve a gestão do projecto Joãozinho, o DIAP não sabe nada. Daí andar lá a perguntar.

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