09 outubro 2019

alegria no trabalho

Uma das afirmações do Carlos Guimarães Pinto, presidente da Iniciativa Liberal, que mais eco teve na comunicação social, ainda antes das eleições, foi aquela em que ele disse que iria inovar no Parlamento (cf. aqui).

Trata-se aqui de uma característica da cultura liberal que é uma das mais esquecidas, sendo ao mesmo tempo uma das mais poderosas - o empenho que um liberal põe no seu trabalho.

Ao contrário do que diz a propaganda socialista, e como já tive oportunidade de explicar, o liberalismo nasceu entre gente modesta que ambicionava, pelos seus próprios méritos, tornar-se alguém na vida.

Segue-se que, para um liberal, o trabalho é uma parte essencial do seu projecto de vida porque é por aí que ele espera subir na vida. Tornar o trabalho diário interessante, motivador, onde o liberal possa exprimir a sua personalidade e a sua criatividade, é uma característica distintiva da cultura liberal.

Também  é uma atitude racional porque cada pessoa gasta um terço do seu dia a trabalhar e o outro terço a dormir. Tornar o trabalho interessante é essencial para a felicidade de um liberal. De outra maneira, a vida torna-se um pesadelo.

É muito diferente no socialismo, onde o Estado se torna um gigante económico e social, penetrando nas mais pequenas esferas da vida das pessoas. No socialismo predomina a mentalidade do funcionário público, que vê no trabalho um sacrifício e um enfado.

É difícil encontrar na vida um funcionário público feliz com o seu trabalho, mas não faltam liberais entusiasmados com aquilo que fazem diariamente. O CGP é um exemplo. Ele dirige o partido que teve a campanha mais criativa de todos os partidos, e promete agora fazer o mesmo no Parlamento.

O trabalho parlamentar precisa muito de inovação. O Parlamento é o espelho do Estado e das instituições públicas que dominam a nação. É um local tão chato e burocrático, tão falho de criatividade e inovação, que eu próprio ao espreitar às vezes os debates parlamentares, até tenho vontade de morrer, como dizia há século e meio o grande liberal Alexandre Herculano.

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