Todos os cinco grandes partidos portugueses pertencem à família socialista, o BE e o Bloco de Esquerda ao ramo comunista, o Partido Socialista, o Partido Social Democrata e o Centro Democrático e Social ao ramo do socialismo democrático ou social-democracia (veja a palavra Social(ista) no nome de todos eles).
Aquilo que caracteriza o socialismo é o facto de pretender organizar a sociedade a partir do Estado. Estes partidos, da direita (CDS) para a esquerda (BE) passando pelo PSD, PS e PCP distinguem-se uns dos outros pela menor ou maior centralidade que dão ao Estado na vida em sociedade.
Para qualquer destes partidos os cidadãos estão ao serviço do Estado - são, em primeiro lugar, pagadores de impostos - e daqueles que controlam o poder do Estado (políticos e administradores públicos). É esta auto-proclamada elite que decide como afectar os recursos públicos (impostos) aos diferentes fins alternativos (saúde, educação, etc.).
Quando o candidato da Iniciativa Liberal (cf. aqui) diz que não se insere neste paradigma horizontal (da esquerda para a direita) e que defende um paradigma vertical, em que em cima estão os cidadãos e em baixo está o Estado (representado pelos políticos e a administração pública), ao serviço dos cidadãos, ele está a apelar ao paradigma liberal.
Aqui a vida em sociedade organiza-se em torno do indivíduo (pessoa ou cidadão). Quem manda são os cidadãos, não os políticos e os burocratas. O Estado é um meio que os cidadãos utilizam para prosseguirem os seus fins comuns (v.g., paz, provisão de bens públicos, etc.).
No socialismo, os governantes (políticos e administradores públicos) são os soberanos e os cidadãos os seus súbditos. No liberalismo é ao contrário, os cidadãos são os soberanos e os governantes (políticos e burocratas) os seus súbditos.
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