As decisões que se preparam no Ministério das Finanças e que configuram o cenário que descrevi em baixo hão-de estar a cair que nem uma bomba no HSJ que entre os seus 5700 funcionários possui uma importante comunidade médica e universitária, e também de enfermagem.
A ideia de ficarem sem serviços de Pediatria e, ainda por cima, de eles serem centralizados no seu grande rival - o Hospital de Santo António (CMIN) - é uma ideia intolerável.
A decepção com a administração do Hospital há-de ser total. E ainda hoje o JN, que é o jornal do Porto e da região Norte por excelência, perguntava em jeito de conclusão: "Mais importante: vai ou não o Hospital de São João ficar sem o serviço de pediatria" (p. 19)?
A resposta, infelizmente, é sim - vai. Nos próximos anos, pelo menos. E vai porque a sua administração apostou no cavalo errado.
Tinha a comunidade - protagonizada pela Associação Joãozinho - a fazer-lhe a obra. Voltou-lhe as costas, boicotou-lhe a obra, desrespeitou compromissos, hostilizou quem lhe queria bem, tentou aniquilá-la (tudo com a ajuda dos seus assessores jurídicos) e acreditou que seria o Estado a fazê-la, protagonizado pelo Ministério da Saúde.
Enganou-se.
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