Eu gosto de pensar Cristo mais como homem do que como Deus, embora ele fosse as duas coisas ao mesmo tempo. É que isso me permite pensar "Se ele foi capaz, eu também serei", e me mantém sempre animado na prossecução da obra do Joãozinho, a despeito dos revezes dos últimos dois anos.
É claro que isto de imitar Cristo não é nenhuma novidade minha. É a função dos padres católicos desde há dois mil anos, e dos pastores protestantes nos últimos cinco séculos.
O julgamento a que estou a ser sujeito não é uma das semelhanças menores que eu encontro com Cristo. Ele também foi julgado e o processo penal que conduziu ao julgamento deixou muito a desejar, tanto no caso dele como no meu. A calma e a tranquilidade que tenho demonstrado no banco dos réus não deve ser muito diferente da que ele exibiu:
-Mas que mal fiz eu?,
é a pergunta que faço e não encontro resposta. Ele também não a deveria ter.
E quando reconheço que "chamei uns nomes desagradáveis a uns juristas e a uns políticos", não consigo deixar de acrescentar logo a seguir: "Ele também o fez e. como eu, tinha mais do que razão". E isso leva-me de volta aos fariseus, onde as semelhanças são enormes.
Tal como ele, eu também travo um combate com fariseus. E, em ambos os casos, esse combate pode resumir-se numa só frase:
a) Um por todos e todos por um
b) Saiam da frente
c) Deus é um só
d) Quem manda sou eu
e) Deixai vir a mim as criancinhas
Ele acabou por triunfar. No meu caso ainda não é certo. Mas, no fim, depois de estabelecer todas estas analogias e semelhanças com Cristo, o que é que Cristo me dá?
Esperança.
1 comentário:
b) Desarredem!
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