25 novembro 2017

os Castros

"Era uma casa muito politizada, em suma.
Tive pintado na minha casa, durante mais de seis meses: “Aqui mora o Rangel fascista”. O meu pai trabalhou em seguros a vida inteira. Lembro-me de ir a pé para o colégio, de freirinhas, em Gaia, que era uma zona quase rural, bastante agradável, sozinho, eram dez minutos, toda a gente se conhecia; recordo-me de ver uns operários que trabalhavam numa oficina de automóveis, a oficina do Zé Lopes; os operários, que levavam a marmita e comiam cá fora, diziam: “Ali vai o Rangelzinho fascista”. Cheguei a saber a composição de todos os governos provisórios e constitucionais, inteiros, como quem sabe a equipa de futebol." (aqui)

Como se pode depreender destas declarações, o fascismo é uma tradição de família.

Como é que a tradição fascista da família Castro Rangel se propagou à do procurador  António Prado e Castro, ou se existiu interacção entre ambas, não estou absolutamente certo.

É possível até que a família seja a mesma porque exibem ambos o apelido Castro no nome.

Como quer que seja, a democracia portuguesa tem de ter muito cuidado com os Castros. Porque, a julgar por estes dois exemplares, qualquer dia deixa de existir.

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