13 novembro 2017

propaganda anti-democrática

"Una periodista inglesa me comentó, atónita, que había leído que cientos de representantes oficiales del Partido Popular habían sido imputados por corrupción pero que casi nadie había ido a la cárcel." (aqui)

Tenho vindo a argumentar que o Ministério Público é uma instituição fascista e incompatível com uma verdadeira democracia.

Sendo o fascismo uma ideologia profundamente antidemocrática, a questão que se põe é, então, a seguinte: como é que o Ministério Público corrói a democracia, como é que ele a ataca?

A semente da resposta está dada na citação acima em que uma jornalista inglesa se interroga perante um seu colega espanhol como é possível que centenas de políticos do Partido Popular sejam arguidos por corrupção e quase ninguém esteja na prisão.

Em Portugal são inúmeros os processos abertos pelo Ministério Público sobre corrupção dos políticos, de que o maior e o mais conhecido é, obviamente, a Operação Marquês.

Mas quantos políticos estão presos em Portugal por corrupção? Não me ocorre nenhum e, em tempos recentes, só consigo invocar o nome de Isaltino Morais.

No Brasil a Operação Lava Jato é outra grandiosa operação de propaganda contra a democracia brasileira organizada pelo Ministério Público. Cria a ideia de uma enorme teia de corrupção entre os políticos brasileiros, mas quando o caso for a julgamento, o resultado é certo e esperado - a montanha pariu um rato.

Em Itália, os casos abertos pelo Ministério Público contra políticos são incontáveis criando a ideia a quem observa do exterior que a democracia italiana é generalizadamente corrupta. Porém, quando se vai ver, os casos de corrupção realmente provados em tribunal são raros.

O Ministério Público corrói a democracia caluniando-a como corrupta e, por essa via, levando as pessoas a descrer dela. Em Portugal, a Operação Marquês é, em primeiro lugar,  um grandioso exercício de propaganda anti-democrática organizado pelo Ministério Público, e no Brasil a Operação Lava Jato não é outra coisa.

Sem comentários: