26 julho 2017

o escrutínio da comunidade

Se, há quinze dias, eu me sentia como o toureiro que acaba de levar uma marrada do touro, hoje sinto-me como o forcado que pega de caras o touro.

O que é que eu fiz para que os meus sentimentos, em relação ao mesmo assunto, tivessem mudado  tão radicalmente em tão curto espaço de tempo?

Tenho de começar por dizer, em primeiro lugar, aquilo que não fiz:

Não me conformei com o abuso e a injustiça. E não tive medo.

Agora, aquilo que fiz:

Falei, disse aquilo que me vai na alma - e estou ainda muito longe de ter dito tudo.

A um patife, que está habituado a trabalhar na sombra, aquilo que de pior se lhe pode fazer é identificá-lo, pegar-lhe pelos colarinhos e expô-lo perante os holofotes  - e na praça pública.

A partir deste momento, tudo aquilo que ele fizer está sujeito a escrutínio público, que é assim que agora se chama o escrutínio da comunidade.



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