09 agosto 2016

os soberanos

Os soberanos reformam-se, em média, aos 61 anos. Os súbditos, aos 66.

E ganham cerca de 50% mais (1600 contra 1100 euros por mês)  do que os súbditos. Compreende-se. É o prémio de soberania porque isto de ser soberano acarreta muitas responsabilidades.

E trabalham menos (35 contra 39 horas), com a vantagem de o patrão nunca estar por perto. Também se compreende. Isto de ser soberano desgasta muito.

27 comentários:

Josephvs disse...

Valente peido

Bmonteiro disse...

Falemos dos soberanos da UE em Bruxelas
e curvemo-nos respeitosamente.
Eu, de pensão prateada me confesso. Agora mais virada a cobre.
Creio não serem desconhecias as condições de aposentação bruxelenses.
Ou as mini pensões dos deputados aS (antes de Sócrates).
A bem do Regime.

Anónimo disse...

"Ou as mini pensões dos deputados aS (antes de Sócrates)."

Como está montado o sistema foi um erro acabar com elas. Parafraseando, às vezes compensa mais pagar a "soberano" para ficar em casa do que tê-lo no escritório.

Anónimo disse...

@BMonteiro

O que está a dizer ? Que Bruxelas é tão mau ou pior que esta situação ?

Anónimo disse...

Portugal é uma oligarquia.

Ricciardi disse...

Deve desgastar mais o trabalho de fp pela simples razão de que os soberanos não tem possibilidade de obter promoções por mérito.
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É, se quando aumentaram a carga horária tivessem acompanhado com acréscimo nos salários não havia problema algum. Mas não, os legisladores acham que podem. Podem. Podem o que lhes der na telha. Até aumentar horários sem contrapartida adequada.
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.
Rb

Ricciardi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ricciardi disse...

Na banca a carga horária é de 35 horas. E, para se poder contar com pessoal para lá do horário normal, pagam isenções parciais ou totais de horário. A isenção total (que é de 2 horas por dia) o salário sobe 48%. No parcial sobe 24%.
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O problema dos governantes é que legislam sem nunca terem lidado com trabalhadores. É por demais evidente que em grandes instituições com milhares de trabalhadores aumentar a carga horária sem um correspondente aumento no salário nao funciona. Apenas agrava o absentismo e o desânimo. Por essa razão é que no privado não se faz isso.
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Mas vá lá um gajo explicar a jotinhas feitos governantes o que é gerir pessoal.
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Rb

Anónimo disse...

A notícia do ionline diz às tantas "...Esses “factores inibidores de passagem à aposentação” – como a maior penalização para quem antecipasse a reforma – tiveram um “reduzido efeito”, quando se considera que o objectivo dessas medidas era levar os funcionários públicos a prolongar o tempo de actividade profissional".
Tretas...
O objectivo real (oculto) era empurrar os FP para a reforma com pensões mais baixas, que foi o que aconteceu. Para tal a comunicação social da altura provocou o alarmismo e a angústia necessários.
Se quisessem levar os FP a prolongar o tempo de actividade profissional tinham suspendido as reformas antecipadas.
Ora bolas.

Anónimo disse...

Ricciardi, no privado não se aumenta a carga horária, sem que haja ao mesmo tempo aumento de salário? HHAHAHA (ups, até me engasguei a rir!)

Ricciardi disse...

Oh engasgado parece-me que estas a confundir trabalhar mais horas num qualquer dia para cumprir tarefas com instituir com permanência horários alargados de trabalho.
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Numa multinacional alemã que opera em Portugal, o ceo alemão em visita à filial portuguesa, perguntou ao responsável português porque razão um determinado trabalhador estava a trabalhar fora do horário normal de trabalho. A primeira pergunta que o ceo fez foi ' aquele homem não tem família?'. A segunda foi 'o que esteve ele a fazer o dia todo para precisar de estar até tão tarde no trabalho?'
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Anyway, nas grandes instituições, do tipo pt, continente, edp, bancos etc, bem como no estado, não resulta aumentar a carga horaria ou pedir permanentemente para trabalharem mais horas sem fazer corresponder essas horas com pagamento. Resulta nas chafarricas onde o patrão está próximo e o medo fala mais alto.
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Rb

Anónimo disse...

Ricciardi, não confundi nada. Não viu que me limitei a questionar o que disse? “É por demais evidente que em grandes instituições com milhares de trabalhadores aumentar a carga horária sem um correspondente aumento no salário nao funciona. Apenas agrava o absentismo e o desânimo. Por essa razão é que no privado não se faz isso.”. Quando muito, está o Ricciardi a confundir-se.
Acrescenta agora duas variantes: trabalhar mais horas num qualquer dia para cumprir tarefas e instituir com permanência horários alargados de trabalho. Eu tenho muita pena mas pouco conhece do mercado de trabalho em Portugal. Colocou ai uma anedota de um CEO alemão, que eu gostava de conhecer e contratar para dar formação a tempo inteiro aos nossos gestores ;). Pense: para que sentiria ele necessidade de chamar a atenção do responsável pela sua filial, se aquilo que ele disse já estivesse enraizado na nossa cultura empresarial? Quer responder-me a isto? E olhe que estamos a falar de uma filial de uma multinacional alemã. Imagine então o grosso dos nossos empregadores. E não se preocupe com a “produtividade”. Dei muitas horas ao patrão, com dinheiro a entrar-lhe na conta, apenas para não ser dispensado, mesmo que me mordesse todo por estar cansado e sem a companhia da família. Veja, já agora, o que se passa realmente em outras multinacionais e nacionais, seja de grande, média ou pequena dimensão.

Harry Lime disse...

Tive oportunidade de trabalhar há pouco tempo com ingleses sob chefia inglesa e corroboro completamente a visão do Ricciardi (Rb) em regime de outsourcing/ subcontratação/ "consultoria" (chamem-lhe o que quiserem :-) )

A onda dos tipos era:

- se alguém ficava um dia a trabalhar depois da hora, acendia-se uma luz amarela,
- se ficava vários dias, acendia-se uma luz laranja
- se era permamente, acendia-se uma luz vermelha

Depois da luz vermelha era só uma questão de tempo até correrem contigo. Vi isto acontecer com 2 pessoas e este foi o processo.

Tive até um episodio caricato: um dia estava a trabalhar, a acabar uma tarefa por volta da hora de almoço, e apeteceu-me ir almoçar um bocado mais tarde em vez de ir às 13h (como de costume). O meu chefe chegou ao pé de mim ie perguntou-me se havia algo errado. É assim que os tipos são e adorei.

Também adorei a forma como eles trabalhavam as reuniões. A onda deles era:

- não há reunião sem agenda
- a reunião começa às 10 significa que às 10 está toda a gente na reunião.
- se alguem não está na reunião às 10.05 começam a sair mails e telefonemas a perguntar o que se passa.
- durante a reunião só se fala dos pontos da agenda (não se fala do Benfica, nem do fim de semana de copos, nem das pernas da secretária)
- se a reunião acaba às 10.30 significa que às 10.30 está toda a gente a bazar. Pontos em aberto? Agenda-se outra reunião
- não há reunião sem acta

As mesmas pessoas que tinham problemas com a gestão do tempo tambem tinham problemas com este esquema de reuniões. Dziam que os ingleses eram "fascistas" e "cinzentos".

Maravilhoso!

Rui Silva

Anónimo disse...

Então o Rui Silva corrobora a visão do Ricciardi de que no privado não se aumenta a a carga horária, sem que haja compensação? Mas vocês só conhecem empresas finas. Em 90% do privado, incluindo grandes e sólidas empresas, não se faz isso. Eu sempre trabalhei para grandes empresas, na área das vendas, e nunca me compensaram de horas a mais, nem houve qualquer tipo de preocupação com a vida pessoal. Um conhecido meu foi deslocado de uma das filiais para a sede a quase 300 km de distância. Sai de casa pelas 6 da manhã e volta às 9 ou 10 horas a casa, não pode ficar a dormir na cidade onde trabalha, porque só lhe pagam as despesas de deslocação, e a empresa nunca se preocupou se ele passava ou não passava tempo com a familia. Isto não é uma chafarica em que o patrão está perto. Nem se sabe bem quem é o patrão. Basta que estejam os supervisores para controlar.

Harry Lime disse...

Então o Rui Silva corrobora a visão do Ricciardi de que no privado não se aumenta a a carga horária, sem que haja compensação?

O que se discute não é isso. O que se discute é se esse aumento de carga horária se traqduz em aumento de produtividade.

Se tu trabalhares mais 30% do teu tempo e a teu ouput aumentar 30% então tens de ser aumentado 30%. E normalmente és. Isso acontece em que trabalha em vendas: quanto mais tempo dedicares a vender, mais vais vender e mais comissões vais receber, certo?

Isso acontece tambem em consultoria: trabalhas mais, logo fazes mais coisas (entre elas fazes o trabalho do teu chefe) e assim aumentas as tuas probabilidades de seres promovido e ganhar mais. Diria que o mesmo se passa em qualquer universidade com uma cultura saudavel (são poucas, eu sei)

Agora se tu precisares de aumentar em 30% o tempo gasto para fazer o que os outros fazem dentro do tempo normal então não levas aumento. Nem deves levar. e é isso que acontece nas empresas portuguesas em que passas o tempo a perder tempo em tretas (reuniões inuteis ou reuniões em que passas o tempoa falar de bola ou processos burocraticos inuteis, etc, etc) que te lixam a produtividade e te lixam o juizo.

Rui Silva

Anónimo disse...

O que se discute não é isso? Mas eu estava a citar a frase do Ricciardi, Rui Silva. Ele diz que é assim e que só não é assim nas chafaricas. Ora, eu sei que isso não é verdade. E tenha em atenção que comissões de vendas não é exatamente a “compensação” a que se referia o Ricciardi. Aquele exemplo do alemão não tem nada a ver com comissões de vendas. Tome atenção àquele exemplo que lhe dei do meu conhecido.

Ricciardi disse...

Anónimo um trabalhador típico português trabalha até mais tarde para... patrão ver como é dedicado. Um trabalhador alemão não trabalha um minuto depois da hora.
.
O que é que resulta daqui?
.
O alemão faz o que tem a fazer nos horários normais de trabalho e NUNCA sai para além desse horario. O português engonha, engonha durante o horário de trabalho e volta a engonhar para além da hora de saída. Isto se o patrao estiver na empresa. Se não estiver desengonha antes da hora.
.
Anyway, a actividade de comercial não tem horário. Eu, aos meus vendedores, digo-lhes que podem ir para a praia durante o horário de trabalho... desde que apresentem vendas. Por acaso o meu melhor vendedor é o moço mais indisciplinado que já conheci e já nem conto com ele para cumprir horarios ou relatórios. Mas é uma máquina em vendas. O comercial é, pois, um caso distinto dos restantes.
.
Nas grandes instituições um aumento permanente dos horários de trabalho não funciona sem contrapartidas. Ou nas férias ou no salário. Aumentar horários a em contrapartidas é convocar o absentismo. Principalmente no pessoal destas latitudes. Provavelmente ficam por ali à espera que o tempo passe.
.
O que é natural. Ninguém gosta que o salário hora baixe não é?
.
O anónimo diz que vê e conhece muitos no privado a tabalhar para além dos horários normais. Eu também conheço. O problema, como diz o Rui, é que esse aumento do horário não se traduz em aumento de produtividade. Pelo contrário. Se for trabalho extra imposto é não aceite o mais provável é fazer ronha.
.
Com os fps é coisa semelhante. O aumento dos horários de trabalho sem contrapartidas aumentou o absentismo e não houve melhoria alguma no serviço prestado. Se quiseres foi apenas uma forma de baixar a despesa com salários.
.
Ora, como eu acho que a despesa total com salários não deve ser feita através de redução individual dos mesmos, mas sim reduzindo o número de trabalhadores, considero a medida das 35 horas economicamente estupida.
.
Sim, acho que os horários dos fps devem ser negociados como são os horários dos bancos, da pt etc. E não por imposição governamental. De resto, a este nível estamos na média da carga horária ao nível dos fps. Sendo que os países menos desenvolvidos tem cargas maiores e os mais desenvolvidos cargas menores.
Rb

Ricciardi disse...

Anónimo um trabalhador típico português trabalha até mais tarde para... patrão ver como é dedicado. Um trabalhador alemão não trabalha um minuto depois da hora.
.
O que é que resulta daqui?
.
O alemão faz o que tem a fazer nos horários normais de trabalho e NUNCA sai para além desse horario. O português engonha, engonha durante o horário de trabalho e volta a engonhar para além da hora de saída. Isto se o patrao estiver na empresa. Se não estiver desengonha antes da hora.
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Anyway, a actividade de comercial não tem horário. Eu, aos meus vendedores, digo-lhes que podem ir para a praia durante o horário de trabalho... desde que apresentem vendas. Por acaso o meu melhor vendedor é o moço mais indisciplinado que já conheci e já nem conto com ele para cumprir horarios ou relatórios. Mas é uma máquina em vendas. O comercial é, pois, um caso distinto dos restantes.
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Nas grandes instituições um aumento permanente dos horários de trabalho não funciona sem contrapartidas. Ou nas férias ou no salário. Aumentar horários a em contrapartidas é convocar o absentismo. Principalmente no pessoal destas latitudes. Provavelmente ficam por ali à espera que o tempo passe.
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O que é natural. Ninguém gosta que o salário hora baixe não é?
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O anónimo diz que vê e conhece muitos no privado a tabalhar para além dos horários normais. Eu também conheço. O problema, como diz o Rui, é que esse aumento do horário não se traduz em aumento de produtividade. Pelo contrário. Se for trabalho extra imposto é não aceite o mais provável é fazer ronha.
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Com os fps é coisa semelhante. O aumento dos horários de trabalho sem contrapartidas aumentou o absentismo e não houve melhoria alguma no serviço prestado. Se quiseres foi apenas uma forma de baixar a despesa com salários.
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Ora, como eu acho que a despesa total com salários não deve ser feita através de redução individual dos mesmos, mas sim reduzindo o número de trabalhadores, considero a medida das 35 horas economicamente estupida.
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Sim, acho que os horários dos fps devem ser negociados como são os horários dos bancos, da pt etc. E não por imposição governamental. De resto, a este nível estamos na média da carga horária ao nível dos fps. Sendo que os países menos desenvolvidos tem cargas maiores e os mais desenvolvidos cargas menores.
Rb

Anónimo disse...

Ricciardi, isto começa a perecer caricato. Eu estava a falar-lhe da realidade portuguesa e você dá-me uma lição de gestão?... Afinal, quando dizia que "no privado não se aumenta a carga horária, sem que haja ao mesmo tempo aumento de salário", estava a falar da realidade alemã? Eu não sei o que sabe da realidade da gestão das empresas portuguesas, mas eu garanto-lhe que a maioria das empresas portuguesas, grandes ou pequenas, se estão nas tintas para que o empregado passe mais ou menos tempo com a família e se estão ou não satisfeitos no trabalho. Aquele exemplo do meu conhecido, que já mal tem tempo de falar com os filhos, passa-se numa empresa líder do seu sector na Europa. Não é nenhuma chafarica. E não tem nenhuma compensação por isso. A "compensação" é segurar o posto que já tem. Nunca por aqui ouviu a expressão "não te queixes, que já tens sorte por ter trabalho"? Se o meu amigo se queixasse de excesso de trabalho, cansaço e prejuízo da vida familiar, ainda seria gozado...Note que a maior produtividade na Alemanha, vai a par com a ética nas relações de trabalho e com o respeito pelo trabalhador e sua vida pessoal a familiar, coisa que, por tradição, não é cá muito valorizada.

Ricciardi disse...

Anónimo, v.exa é que estava no ataque sem perceber adequadamente o que se pretendeu dizer. O Rui percebeu logo.
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Mas é isso, em Portugal ha muitas chafarricas cujos donos não percebem que trabalhar mais horas não significa trabalhar mais. O que eu digo é que aumentar a carga horaria em grandes instituições (em Portugal) não resulta. Não melhora a produtividade e o absentismo e a cultura da ronha vencem a batalha.
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Mas digo-lhes mais: a cultura do trabalhador americano é muito orientada para o valor do ganho hora. Quer dizer, se a construção está a pagar bem até os gerentes os bancários viram trolhas. Lá eles mudam de trabalho, em Portugal fazem ronha. O efeito prático para o patrão é semelhante. Na América ficam sem trabalhadores se não derem salários hora apetecíveis. Em Portugal os trabalhadores marimbam-se na empresa e passam a fazer o mínimo possível. Provavelmente o patrão tem de contratar mais gente. Em suma, gostam de ser enganados, but hei podem dizer à bica cheia que não pagaram horas extras ao pessoal.
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Rb

Ricciardi disse...

Um dos grandes defeitos que encontro em Portugal é a indisponibilidade geral para trabalhar por turnos.
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Eu tive essa experiência ha uns anos numa parceria para um empreendimento em Lisboa. A obra estava atrasada e eu propus ao construtor líder e parceiro que operasse em turnos. Ele contactou os seus subempreiteiros e NENHUM aceitou formar equipas para trabalhar 24 horas. Disseram que o pessoal não aceitou e que era difícil convence-los.
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Na América, por exemplo, trabalhar por turnos é natural e usado frequentemente. As coisas andam.
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Isto não é apenas uma questão cultural. Isto é uma questão prática com duas razões. Primeiro, ha pouca concorrência no mercado. Segundo, ha falta de pessoal disponível para fazer turnos. Na América os imigrantes aceitam os turnos. Imigraram para trabalhar. Em franca os imigrantes são a grande forca do país (os franceses são preguiçosos).
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Portugal precisa seriamente duma política activa de imigração. E, concomitantemente, provocar muito mais concorrência. A começar pelos monopólios agora privatizados.
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Rb

Ricciardi disse...

Isto vai contra a onda meio xenofoga que parece estar na moda porcausa do terrorismo. Mas ha muitas formas de incrementar a imigração. Algumas inteligentes e outras displicente. Por exemplo a Austrália e o Canadá tem políticas de imigração activas e inteligentes. Previligiam imigração de famílias e, dependendo das necessidades, abrem e fecham o fluxo para determinado nível de instricao de imigrantes.
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Rb

Ricciardi disse...

A propósito dos franceses, recebi há uma semana atrás a filha duma empregada que tive e que emigrou para França ha uns 15 anks. Estava de férias e eu convidei-a para uma conversa la em casa. A rosa.
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A rosa trabalha numas estufas em franca de tomates. Agora é chefe da produção. Chefe de franceses o que parece ter-lhe custado muitas ameaças.
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Pois bem, ela disse-me que o patrão dela não pode repreender um trabalhador francês. Ou sequer apontar-lhe falhas. Afiança que quando fez isso no dia seguinte os trabalhadores visados despediram-se.
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O patrão parece agora previligiar imigrantes porque com franceses tem muitos problemas.
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Com eles (franceses), diz ela, nem um segundo depois da hora.
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Ela pode estar a exagerar bocado, mas não deve estar muito longe da verdade.
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Rb

Anónimo disse...

Pronto, ok, já percebi que não estava a falar de Portugal. Só me tinha rido porque de facto cá não é assim. Só não entendo que continue a chamar "chafaricas" a grandes empresas com milhões de lucro e milhares de trabalhadores.

Anónimo disse...

Só mais uma coisa. Diz ali em cima o Ricciardi que "nas grandes instituições, do tipo pt, continente, edp, bancos etc, bem como no estado, não resulta aumentar a carga horaria ou pedir permanentemente para trabalharem mais horas sem fazer corresponder essas horas com pagamento. Resulta nas chafarricas onde o patrão está próximo e o medo fala mais alto.". Ora, eu garanto-lhe que sim, que resulta. Não é preciso estar o patrão perto. Basta um supervisor, chefe, gerente, etc, a controlar o trabalhinho, o cumprimento de planos e metas. Aquele meu conhecido, do exemplo que já dei, não obtém compensação nenhuma pela vida stressante que tem. No dia em que não conseguisse, iria para a rua por não estar adequado ao trabalho. Obviamente, porque precisa do emprego, o sacrifício fica para a vida familiar e pessoal. E os chefes sabem disso. A produtividade da empresa está garantida. O medo e a necessidade são grande motivadores, como devia saber. É apenas isto que queria dizer desde o início.

Ricciardi disse...

Anónimo, por alguma razão Portugal não tem uma multinacional. Uma só para amostra. Mesmo em produtos nacionais como é o caso do vinho do porto. Ha várias explicações para isso é o Pedro Arroja até avançou com algumas teses.
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Mas na base da inexistência de empresas de de marca internacional está o factor humano. O capital humano. Os recurso humanos não são motivados a continuarem numa empresa muito menos a inovar em prol do desenvolvimento da empresa. Acomodam-se ou, como diz, trabalham por medo e obrigação. Pessoal assim não evolui e nem acrescenta valor à empresa. Trabalham muitas horas mas sem coração e a cabeça está noutro lado.
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O PA refere razões como a palavra marketing que não tem tradução em português (razão que sustenta a ideia de que nunca se pensou nisso) e portanto nunca se deu valor ao marketing no verdadeiro sentido do termo. Por outro lado sustenta o lado personalista da cultura católica onde o funcionário faz as coisas à sua maneira e está morto por sair e montar a sua própria empresa. Ora, um funcionário bem pago não pensa em sair e faz das tripas coração para fazer um bom trabalho. Pelo contrário, um funcionário mal pago (e contrariado ) faz ronha e prejudica a empresa. Muitas vezes propositadamente.
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É um problema ao nível da gestão e não ao nível do trabalhador. A gestão portuguesa tem exactamente as mesmas ideias que o caro anónimo tem.
As empresas não evoluem portanto. Porque só podem evoluir se os trabalhadores estiverem satisfeitos e orientados para o bem da empresa. Obriga-los a trabalhar mais pelo mesmo dinheiro não é boa política. É política gasta da revolução industrial desfazada com o sex xxi.
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Rb

Anónimo disse...

Não sei. Mais uma vez, insisto que foi o Ricciardi que fez a distinção, nas empresas portuguesas, entre as"chafaricas" e as grandes empresas portuguesas, não foi? As chafaricas seriam aquelas que têm o patrão ao lado e as outras seriam diferentes, não foi assim? Noto uma grande falta de rigor da sua parte. Vale a pena eu citá-lo mais uma vez, ou vai continuar a ignorar o que disse? E quais são as minhas ideias? Acha então que eu sou a favor de trabalhar mais pelo mesmo dinheiro? Cite-me lá, por favor.