13 julho 2016

O descrédito

É uma miríade de comportamentos  e de atitudes que tomamos sob o efeito da cultura, que é aquilo que dizemos e fazemos sem nos apercebermos porquê. Nenhum desses comportamentos e atitudes só por si provaria a nossa falta de cultura democrática.

Postos em conjunto são fatais. A cultura democrática não está lá, entre nós, portugueses. É uma cultura monárquica - e de monarquia absoluta -, uma cultura de soberanos e de súbditos. Falta acrescentar que numa cultura democrática as leis e os princípios valem para todos, sem excepção. Numa cultura monárquica - e de monarquia absoluta - só valem para os súbditos, os soberanos estão acima deles.

Este episódio é de cabo-de-esquadra.   O próprio acha a coisa naturalíssima, um direito seu a aceitar um lugar que lhe ofereceram no topo da hierarquia do maior banco de investimento do mundo. O Presidente da República vai mais longe, dizendo que é um orgulho para Portugal que ele tenha chegado ao topo da hierarquia empresarial (embora - acrescento eu - sem subir a escadaria hierárquica, pelo contrário, aterrando lá de helicóptero). E o Dr. Marques Mendes, num comentário recente na TV, disse que quem critica o visado só o pode fazer por inveja.

São três políticos portugueses e todos partilham a mesma cultura - mas não certamente a democrática. Valha-nos, nesta instância, o Bloco de Esquerda.

Então um homem que, ao longo de dez anos, presidiu à Comissão Europeia, que, no âmbito das suas funções públicas (não para dez milhões, mas para quase 400 milhões de pessoas), adquiriu uma rede de contactos e informações (muitas delas confidenciais), vai agora vendê-las à Goldman Sachs e actuar como um lobista para o maior banco de investimento do mundo?

Mas então, faz-se carreira nas instituições europeias, para depois se ir vender a rede de contactos e informações (muitas dela confidenciais) ao primeiro que apareça a oferecer o melhor preço? O descrédito para a UE, e para os europeístas, é total.

Mas há mais. Não surpreende que por essa Europa do Norte fora - onde nasceu e está a cultura democrática - os protestos sejam enormes, e venham, frequentemente dos socialistas, uma família à qual, como membro e ex-Presidente do PSD, o visado pertence.

Este socialista, que começou a carreira como um socialista radical no MRPP, a incendiar carros em protesto contra os capitalistas, que mais tarde se converteu ao socialismo moderado (PSD) que, não obstante, continua a ser a ideologia adversária do capitalismo, acaba a carreira a vender-se a um ícone do capitalismo como é a Goldman Sachs?

Da próxima vez que eu vir um socialista (ou um europeista), seja ele radical ou moderado, porque ele foi tudo isso, vou dizer: "Olha...deve ser outro Durão Barroso...". E é isso que os seus colegas socialistas pensam também. E não lhe perdoam. Ele desacreditou-os a todos.

38 comentários:

zazie disse...

Vai fazer de cartaz, a vender o banco, tal como o Ronaldo vende o Linic- como disse o José.

E já devem estar arrependidos, como digo eu

":OP

zazie disse...

Os contactos até o Google tem. Não há nada a vender, a não ser marketing de um posto que já era.

zazie disse...

V.s acham-se todos uns experts em mil e uma coisas mas não têm perspicácia nenhuma.

Esta cena é bluff. É marketing. E ele há muito que se tinha vendido pela carreira. E a própria carreira é treta com mais cargos que saber e formação para eles.

Sabe marinhar. Sempre soube. E sempre conseguiu passar a perna a todos, precisando de menos.

Eu, que o conheci mais de perto, já tinha notado isso quando ele tinha 18 anos ":OP

zazie disse...

E nunca incendiou carros.

Apareceu uns meses antes do 25 de Abril na cena de extrema-esquerda.

Liderou foi a expulsão do PCP da faculdade de Direito.

zazie disse...

Essas cenas, aos 17 e 18 anos, hoje em dia eram tidas por sintomas de criança em risco.

Até o pediatra, que se fosse agora, ainda teria direito, era capaz de elaborar relatório e as assistentes sociais do bairro retiravam-na à família e davam-no para a adopção a algum casalinho gay

":OP

zazie disse...

«E não lhe perdoam. Ele desacreditou-os a todos.»

Pois desacreditou e ainda mais- desacreditou-se perante todos.

Agora, o PA que não é burro, faça o favor de pensar comigo a questão que importa- face a isto- que é a reacção mais que óbvia- que interesse tinha o GS- perante os problemas do Brexit, ir arranjar encrenca quando o que mais precisa é de pontes para negociarem vantagens com a Europa?

Tem resposta?

Eu não. E digo que os pencudos fizeram jogada de marketing burra até dizer chega.

marina disse...

ora aí está , muito bem explicado . um nojo , esta ralé da " democracia representativa ", os piolhos cooperantes no esterco.

zazie disse...

Pois- mas v.s com tanto moralismo não têm é explicação para os factos.

Isso de apontar o dedo e fazer fitinha que é feio e imoral, qualquer um faz.

Importa é compreender.
Ou então não importa e tudo serve para vender qualquer treta.

Neste caso a bondade da monarquia absoluta ou de qualquer regime não democrático.

O que é anedota maior que o caso.

zazie disse...

Como se o John Law tivesse existido numa república democrática... só por coisas-

E este nem a marreco para assinar nas costas as" couves".

Zephyrus disse...

O Barroso para mim é um Maquiavel «brandos costumes». Ou por outras palavras, um velhaco. Saiu de cena quando o país estava de «tanga» pois previu que iria perder as legislativas. Como diz o povo, «não foi parvo». Agora foi para a Goldman pois já prevê tempestade na UE e sabe que os EUA e o RU ficarão por cima. É inteligente e o país nunca contou, só a carreira e os seus. E é isto que fazem a larga maioria dos políticos em democracia. Tratam da «vidinha».

zazie disse...

Isso é o que ele fez e os motivos, que são óbvios.

Pergunta:

E o Goldman Sachs para que precisa disto? Para que compra uma treta que só complica o que possa interessar?

Eu digo- porque tem pencudo burro, também.

Andar a financiar o remain. Devem ter ficado um tanto histéricos com o Brexit e já andavam com este palno B de marketing há 6 meses.

Um marketing estúpido- como se está a ver o resultado.

zazie disse...

Há-de ter sido ideia de pencudo americano bling-bling.

Vamos financiar a cena para não haver saída. Mas se falhar, ó pra nós que até temos um presidente da UE como conselheiro.

Vai ficar meio mundo com inveja e é canja o negócio com os toscos da UE.

zazie disse...

A Inglaterra a longo prazo irá ficar por cima. Isso também eu penso.

E a City vai dar zona franca como o Liechtenstein também serve para efeito em micro-escala.

Mas isso é a médio-longo- prazo. E mais com hedge funds que com grandes multinacionais nos mesmos moldes.

Mas, a curto vai apertar forte.
A menos que ele esteja a apostar numa reforma quando for centenário- por agora vai é meter-se em alhada e fica com vazas cortadas fora de um meio em que não pesca nada.

e onde ninguém o vai aceitar para nada, porque um conselheiro que nem chairman é, e nada pesca de finança, só é coisa que encanita os bosses que fazem o trabalho.

Zephyrus disse...

«A Inglaterra a longo prazo irá ficar por cima. Isso também eu penso.

E a City vai dar zona franca como o Liechtenstein também serve para efeito em micro-escala.»

Pois também penso o mesmo mas vai depender do acordo que façam com a UE.

Eles precisam ainda do mercado único pois exportam para lá quase 50% dos bens e serviços.

Contudo fora da UE poderão fazer os acordos de livre comércio que a França tem bloqueado com a Austrália, Nova Zelândia, Brasil ou Índia.

Além do mais fora da UE poderão seleccionar melhor os imigrantes e ver-se-ão livres dos refugiados.

Contudo se não assegurarem o acesso ao mercado único a coisa ficará muito preta no Reino Unido e no Sul da Europa. Recordo que no caso português são os nossos turistas mais fiéis e vale o mesmo para Espanha. Seria uma hecatombe na economia portuguesa e também na espanhola. Nós não aguentaremos a crise de Angola somada ao Brexit total e a uma crise em Espanha. Reparem, Angola, Espanha e Reino Unido somam perto de 40% do que exportamos e recebemos mais de 2 milhões de turistas do RU com potencial para crescer.

zazie disse...

Sim. Vai ser uma grande mudança mas a alternativa, com as imposições da UE, face aos "refugiados" era de meter medo ao susto.

A UE é responsável por tudo isto e a estúpida da Bismerka a principal.

zazie disse...

E não só. Eles têm é muito a despejar

Zephyrus disse...

Os ingleses sabem que quando um país é rico e outro é pobre e fazem um acordo de livre comércio no longo prazo o país rico sai a ganhar. E a estratégia do Brexit passa por isso mesmo. Fazer acordos de livre comércio que não conseguem por causa da França ou da Grécia.

Zephyrus disse...

«Sim. Vai ser uma grande mudança mas a alternativa, com as imposições da UE, face aos "refugiados" era de meter medo ao susto.

A UE é responsável por tudo isto e a estúpida da Bismerka a principal.»

Verdade.

A Alemanha e a França têm a culpa principal do Brexit.

A Alemanha porque não resolveu o problema dos refugiados e encheu a Europa de imigrantes económicos.

A França porque forçou a permanência da Grécia no euro e bloqueia o mercado comum com proteccionismos.

Além do mais a Europa deveria ter aceite as restrições à livre circulação do Cameron. A livre circulação de trabalhadores só funcionou até 2005 quando os países da UE estavam mais ou menos ao mesmo nível. Com a entrada da Europa de Leste a imigração triplicou com muita gente a fazer turismo social para sacar dinheiro ao Estado Social britânico.

Os ingleses querem outro modelo de imigração. Basicamente no futuro a mão-de-obra não qualificada irá para lá uns meses por ano com um visa de trabalho temporário. Mas não terão direito a nada do Estado Social. É bom para os ingleses e é bom para quem vai para lá estes meses pois a libra no longo prazo irá subir e muito. Isto já acontece no Algarve e Alentejo, na agricultura. Não se podem abrir fronteiras quando um país é rico e o outro pobre. Por isso no futuro a UE terá de mudar as regras da emigração.

Zephyrus disse...

«E não só. Eles têm é muito a despejar.»

Não acredito muito que despejem o que já está mas vão fechar as fronteiras à Europa Continental. Só vão aceitar licenciados bem remunerados, turistas ou gente que vá para lá viver mas não trabalhe e vive dos rendimentos próprios, e terão de fazer prova de rendimentos. Tipo árabes ricos e tal.

zazie disse...

http://www.express.co.uk/news/politics/689228/Liam-Fox-to-head-new-department-for-International-Trade

Zephyrus disse...

A teoria é simples.

O Reino Unido faz um acordo de livre comércio para bens e serviços com o Brasil. Os brasileiros ficam muito contentes pois começam a exportar mais bananas, cacau, açúcar ou madeiras para Inglaterra e a receber mais turistas ingleses. Os ingleses por sua vez passam a exportar mais carros, roupas, medicamentos e acima de tudo conseguem colocar mais serviços digitais e financeiros no Brasil. Ou seja, os ingleses passam a vender com mais valor acrescentado e no fim ficam a ganhar, isto no longo prazo.

Só que os ingleses querem mercado único mas não querem nem união política nem imigrantes. A coisa correu bem até 2005. Os ingleses recebiam cerca de 100 mil imigrantes da Europa Continental que não davam problemas. Mas com a entrada da Europa de Leste passaram a receber bem mais de 300 mil. Eu vi isto tudo, cidades a ficar invadidas de polacos, romenos, búlgaros, que nem sabem falar bem inglês.

Zephyrus disse...

Sucedeu o mesmo em Portugal no final dos anos 80.

Os espanhóis tinham propriedades enormes no Sul de Espanha, fincas gigantes com regadio, tudo do mais moderno, fertilizantes baratos e impostos mais baixos, e indústrias mais modernas, marcas próprias de vários produtos, etc. Com a entrada na CEE a Espanha ficou a ganhar pois aniquilou a nossa agricultura e algumas das nossas índústrias. Além de não terem passado pelo PREC já antes do PREC na agricultura e no comércio estavam à nossa frente.

Euro2cent disse...

(Vénia agradecida aos comentários esclarecedores acima. Interrompo para debitar asneira ;-)

Ainda estou para perceber os anseios do PA por uma "cultura democrática". É uma cultura de publicitários, essencialmente aldrabões convincentes. Sacam-lhe dinheiro da carteira, e ainda por cima fazem-no agradecer o acto benfazejo. Como se ensina hoje, se fosse um monarca a sacar um centésimo da quantia, era uma opressão intolerável.

Básicamente, queixa-se de que não é suficientemente bem enganado.

("Mundus vult decipi", volta, estás perdoado.)

Zephyrus disse...

Além do mais há outro ponto a acrescentar à questão do Brexit.

Diz-se que a economia só cresce se aumentar a produtividade ou se aumentar a população, ou ambas as coisas.

Ora na Europa Continental a população irá diminuir. Com índices de fertilidade bem abaixo de 2 não há volta a dar, e a situação é mais grave no Sul da Europa e no Leste. Portugal é um caso paradigmático. Em meia dúzia de anos deixou de ser um país com índice de fertilidade acima de 2,1 para ser um dos países do mundo com menos crianças por mulher. Isto sucedeu nos anos 80 facto que atribuiu à revolução cultural que ocorreu no nosso país devido à difusão das ideias de Esquerda. Hoje Portugal é não só um dos países da Europa com menos crianças por mulher como também é um dos países do mundo onde ocorrem mais divórcio por cada 100 casamentos. Se a isto juntarmos toda a miríade de leis fracturantes nós somos na realidade um dos países onde o marxismo cultural teve mais sucesso em todo o planeta. Em apenas duas gerações a sociedade mudou radicalmente. Sucedeu algo idêntico em Espanha, contudo nos nossos vizinhos existe uma divisão brutal. Cerca de metade da sociedade ainda permanece conservadora, religiosa e de Direita. São as duas Espanhas.

Portanto a população na Europa Continental vai diminuir, e a produtividade está difícil de aumentar em muitos países. Isto sucede por exemplo em doentes crónicos, como Portugal, Grécia e Itália. Mas a França também tem problemas escondidos. E a produtividade não aumenta nestes países porque há resistências enormes à modernização e a mexidas nas leis laborais ou em regulamentações. Além do mais, estes países estão presos ao euro e não podem desvalorizar moeda. E estão atolados em dívida. Isto cheira a quê? Japão. A Europa toma o caminho do Japão. Já os alemães, têm outro problema. Falta mão-de-obra, força de trabalho. E acharam que com «refugiados» seria a solução. Mas já se viu que quantos mais entrarem, mais cedo acabará a UE.

Basicamente o RU viu isto tudo e achou que no futuro a UE será um parceiro comercial desinteressante. E com a libra alta, a emigração do Sul e do Leste para lá não parará e ficará descontrolada.

Euro2cent disse...

Os nossos donos resolveram eleger outro povo.

E querem-no "shaken, not stirred".

(com explicaram os camaradas Brecht e Bond)

Euro2cent disse...

(caraças, tenho que descobrir tudo sozinho ...)

Boris Johnson ministro dos negócios estrangeiros.

AHAHAHAAHAHHAHHAHA

Cultura democrática "for the win". Ficaram todos discombobulados, especialmente os alemões ... (alemões são alemães com o monco amolgado.)

Também me parecia que quem tivesse miolos o queria dentro da tenda a mijar para fora do que fora a mijar para dentro ("to coin a phrase").

zazie disse...

É uma maneira de conciliar divergências internas. Acho muito bem o lugar do Boris

zazie disse...

Mas essa dos almões com o monco amolgado é o máximo.

ehehehe

Euro2cent disse...

(obrigado, obrigado, ;-)

Aconselho esta, tem a limerick do turco e mais umas verdades que o Boris vai ter de parar de dizer

https://www.washingtonpost.com/news/worldviews/wp/2016/07/13/boris-johnson-britains-new-top-diplomat-has-said-some-very-undiplomatic-things/

marina disse...

Zephyrus , na questão da produtividade não esquecer que um "parque" trabalhador envelhecido não faz milagres :) o que pode render uma população activa com uma idade média de 50 anos ? com pessoas de 67 anos a trabalhar ?
sei lá , metade dos chinocas com vintes ?

Anónimo disse...

O Durão (e o PSD) é socialista? A mim parece-me mais um oportunista que fazia parte do PPE, e nessa medida não há nada a criticar na sua decisão de aceitar a presidência não-executiva do Goldman Sachs (como os "socialistas" Borges e Draghi poderiam atestar). Até porque um verdadeiro liberal (ou neoliberal) procura, em primeiro lugar, satisfazer os seus interesses individuais e está contra qualquer tipo de legislação que proíba a livre contratação de ex-políticos sem carácter ou vergonha na cara. O Arroja, como economista que é, devia saber que o que aqui está em causa é apenas a sacrossanta lei da oferta e procura: o Durão tem informações para vender e há quem as queira comprar, o que é perfeitamente legítimo num sistema capitalista liberto de proibições morais católicas. Não há nada que não se possa vender e comprar numa economia livre, e o homem, como bom neoliberal que é, anda a fazer pela vida como qualquer prostituta barata. Podia dedicar-se ao negócio da privatização dos rios ou à venda de órgãos humanos, mas preferiu vender a alma. O que é que isto tem de socialista, ó Arroja?

zazie disse...

aahahaha Obrigada pelo link.
Que bocas mais malucas

E os "piccaninnies" com sorrisos de melancia

":O)))))))))))

Harry Lime disse...

Este socialista, que começou a carreira como um socialista radical no MRPP, a incendiar carros em protesto contra os capitalistas, que mais tarde se converteu ao socialismo moderado (PSD) que, não obstante, continua a ser a ideologia adversária do capitalismo, acaba a carreira a vender-se a um ícone do capitalismo como é a Goldman Sachs?

A mania das pessoas direita é, aparentemente, chamar socialista quando alguém de direita faz alguma coisa má... como quem diz: um tipo que sai da Comissão Europeia para trabalhar na Goldman é, no fundo, um socialista, não tem a pureza da verdadeira direita.

Este argumento faz-me lembrar os argumentos dos comunistas há 30, 30 , 40 anos: todos os comunistas que tinham comportamantos "desviantes" (matar 20 milhoes à fome ou nos gulags, por exemplo) era considerados impuros. Não lhes passava pela cabeça que esses comportamentos desviantes fossem um produto da propria ideologia.

Da mesma forma, não passa pela cabeça do PA que comportamentos como este do Durão Barroso sejam na realidade uma caracteristica do sistema e não uma anormalidade devida a desvios indivuais.

Rui Silva

Ricciardi disse...

De acordo com o post.
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Mas realmente o Harry tem razão. Está na moda acusar o pessoal de socialista. Tudo o que é mau é socialista. E eu, bolas, devo ser o único, mas não vejo socialismo em lado algum. Excepto em dois ou três países.
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Já se conseguiu passar a ideia de que a social democracia é socialismo. Isto vem de Von Mises e de Hayek que acusavam de socialista tudo aquilo que mexia. A bunch of socialists, diziam.
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Como o pessoal não vê coletivização da produção em lado algum, e até constacta são os partidos alegadamente socialistas que mais privatizacoes fizeram, ficamos desconfiados. Afinal, o actual psd deixou de ser social democrata ebo actual partido socialista nunca foi soccilista. Se nenhum praticou o socialismo como podemos ver socialismo onde não há?
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Rb

Ricciardi disse...

Eu sei a resposta. O pessoal que vê socialismo em qualquer coisa que mexa, são de dois tipos. Os puristas liberais da escola austríaca e os antigos ou mais velhos, partidários da ditadura de direita que combatia o socialismo soviético.
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O problema é que na altura da URSS o combate ao socialismo era decido porque era real. Agora não. É como combater moinhos de vento. Ora, para ficção prefiro o Cervantes.
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Rb

Phi disse...

De acordo Pedro:

http://expresso.sapo.pt/politica/2016-07-14-Hollande-arrasa-Durao-e-inaceitavel-ir-para-um-banco-que-ajudou-a-maquilhar-contas

Phi disse...

"Se nenhum praticou o socialismo como podemos ver socialismo onde não há?"

É a radicalização da sociedade que apraz a alguns.

Devido à inexistência de gigantes, e desejável comparação de algo com estes é que fez o quixote arrear nos moinhos de vento (ou ser arreado).

Vivendi disse...

A bomba arrebentou.

Afinal existe mesmo teoria de conspiração!!

(ah coincidências do caraças òh Zazie, e não se encontram no futuro mas sim no passado)

Quem sobreviveu melhor ao naufrágio do BES?

http://o-tradicionalista.blogspot.pt/2016/07/o-plutocrata-ii.html