08 março 2016

de escrava em rainha

Foi Cristo, numa tradição continuada depois pelos padres católicos, que acabou com a escravidão sexual da mulher, que era a fonte de todas as outras escravidões que o homem exercia sobre a mulher, e todas estavam presentes no seu tempo.

E qual foi o segredo?

Abstinência sexual.

O sexo deixou de ser praticado segundo as urgências e a discricionariedade do homem para passar a ser praticado segundo a disponibilidade e o consentimento da mulher.

-Pois, mas eu não aguento mais de dois dias...

-Não aguentas? Mas eu sou homem como tu, e aguento a vida inteira...

Cristo era o homem permanentemente viril.

Deu origem à cultura mais viril que a humanidade jamais conheceu, porque em nenhuma outra Deus alguma vez se fez homem, e um homem casto.

O catolicismo prosseguiu esta tradição. O padre católico é o homem permanentemente viril, como Cristo. Não há outro igual.

Foi abstendo-se do sexo (apesar de certamente não lhe faltar vontade, como homem novo e saudável que era) que Cristo fez o milagre de transformar a mulher de escrava em rainha.

Karol Wotjyla, no post que escrevi em baixo, seguiu o exemplo de Cristo, embora não lhe faltasse desejo para se comportar de outra maneira.

Como é que eu sei?

Sou homem como eles. Já tive a idade de Cristo e a idade que Karol Wotjyla tinha na altura.

2 comentários:

Harry Lime disse...

Ao contrário do PA, que tem uma visão algo redutora da sexualidade, não penso que exista nenhuma virtude especial na castidade.

Também não penso que exista nenhuma virtude especial na não-castidade.

A virtude existe isso sim, no acto de honrar um compromisso, qualquer que seja o objecto do compromisso (com uma pessoa de sexo oposto, com uma pessoa do mesmo sexo, com a Igreja).

É nesse sentido que o acto do Papa joão Paulo II deve ser visto. João Paulo II era um bom homem.

O resto é um bocado tangoso: um homem para ser um bom homem não precisa de ser catolico ou cristão. Dizer uma coisa dessas é como um taliban fizer que só no Islão se pode encontrar a virtude.

Rui Silva

Pedro Sá disse...

Agora fiquei preocupado. Que eu saiba o sexo deve ser praticado segundo a disponibilidade e o consentimento DOS DOIS. E essa ideia de que o homem quer sempre sexo é falsa.